HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
Mais dadosA classificação WHO dividiu os LNH em vários subtipos, cada um com características clínicas, moleculares e prognósticas distintas. Haematolymphoid Tumors (WHO-HAEM5), publicada em 2022–2023. Esta edição incorpora avanços recentes em genética, biologia molecular e critérios diagnósticos, trazendo mudanças importantes na definição e subtipagem dos linfomas. Conhecemos a classificação WHO com os principais subtipos, sendo que a frequência de alguns subtipos varia de acordo com a região geográfica. Acredita-se que influências genéticas e ambientais possam ser responsáveis por essa variabilidade. Temos poucos estudos com estatísticas epidemiológicas dos linfomas não Hodgkin por subtipo no Brasil.
ObjetivosObjetivo: No presente estudo temos o objetivo de avaliar a frequência dos principais subtipos de linfoma não Hodgkin diagnosticados e tratados na nossa instituição nos últimos 5 anos.
Material e métodosLevantamos o banco de dados do Hospital Santa Izabel, buscando pelo CID, código APAC e documentos de comunicação da equipe médica, todos os casos de linfoma não Hodgkin diagnosticados no Hospital Santa Izabel de 2019 a 2024. Revisamos todos os casos e classificamos de acordo com o resultado do AP/IH, ou da Imunofenotipagem nos casos de leucemia linfoide crônica.
ResultadosA distribuição de 229 casos de Linfoma Não Hodgkin no Hospital Santa Izabel-Bahia neste período foram de 18 (7,9%) do subtipo Folicular, 82 (35,8%) dos Linfomas Difusos de Grandes Células B, 19 (8,3%) dos Zona T/NK, 20 (8,7%) do Manto, 23 (10%) do Marginal, 5 (2,2%) do Plasm Waldes, 57 (24,9%) do LLC, 4 (1,75%) Tricoleucemia, e 1 (0,45%) de Burkitt.
Discussão e conclusãoO linfoma não-Hodgkin (LNH) é um grupo diverso de cânceres que se originam nas células do sistema imunológico, principalmente nos linfócitos. A classificação do LNH é complexa, com mais de 50 subtipos reconhecidos, cada um com características clínicas, biológicas e prognósticas distintas. Entender os subtipos é fundamental para o diagnóstico, tratamento e prognóstico. A distribuição dos subtipos varia conforme a região geográfica, idade e fatores demográficos. O reconhecimento dos subtipos é essencial para o manejo clínico e para o desenvolvimento de terapias direcionadas, refletindo avanços significativos na sobrevida e qualidade de vida dos pacientes. Temos poucas publicações no Brasil com a porcentagem de cada subtipo de linfoma não Hodgkin. Observamos pequenas diferenças, com uma porcentagem menor de linfomas foliculares e, talvez, um discreto aumento de linfoma do manto. Como nossos números são pequenos, e representam apenas um hospital e uma região, será interessante conhecer a epidemiologia de outros locais para comparar e entender se existem realmente diferenças no Brasil ou na região Nordeste.
Referências:
Al-Naeeb A, Ajithkumar T, Behan S, Hodson D. Non-Hodgkin lymphoma. BMJ. 2018;362:k3204. doi:10.1136/bmj.k3204.
Singh R, Shaik S, Negi B, Rajguru J, Patil P, Parihar A, et al. Non-Hodgkin lymphoma: A review. J Family Med Prim Care. 2020;9:1834-40. doi:10.4103/jfmpc.jfmpc_1037_19.




