Objetivos: O artigo tem como objetivo destacar os desafios perante ao processo de doação de sangue durante a pandemia e, sobretudo, analisar as consequências para a saúde pública. Materiais e métodos: O presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura acerca dos desafios no processo de transfusão de sangue em relação ao COVID-19. Foram utilizadas as bases de dados eletrônicas Google Acadêmico e PUBMED. A pesquisa abrange trabalhos publicados em 2020, utilizando como descritores: “COVI-19”e “Blood donation”. Discussão: A pandemia do coronavírus impactou sistemas de saúde no mundo inteiro em diversos aspectos, principalmente no Brasil. Desse modo, a superlotação do sistema somada à alta transmissibilidade da doença, forçou os agentes de saúde a repensarem toda a escala de funcionamento dos hospitais e unidades de saúde para tentar quebrar essa cadeia de proliferação do vírus. Por outro lado, a pandemia afastou muito os doadores e, como consequência, conforme informado pelo Hemorio, em maio deste ano, o estoque de sangue seguro teve uma baixa de até 38% nas doações, em comparação ao mesmo período de 2019, só no município do Rio de Janeiro e esta realidade é válida em todo o território nacional. Segundo o hemocentro de São Paulo, a Fundação Pró-Sangue, os níveis de sangue ficaram estáveis até meados de maio, todavia, desde julho enfrentam estado crítico de estoque, apenas AB+ estável. No entanto, infelizmente, o consumo de sangue é diário e contínuo. Dessa forma, dado o duradouro período de incubação e significativa transmissibilidade do vírus, os numerosos casos assintomáticos e a baixa testagem de possíveis pacientes contaminados, é de extrema importância a reorganização do processo de doação de sangue. Nesse sentido, deve-se repensar o fornecimento, segurança, administração, análise e transfusão de todo sangue admitido em laboratórios em prol da segurança dos pacientes que confiam nessas instituições para lhes administrar sangue e dos doadores que buscam ajudar esses pacientes, mas, ao mesmo tempo não querem se expor à riscos. Por outro lado, é necessário destacar que, os laboratórios de transfusão de sangue, atualmente, encontram-se com altas quantidades de amostras contaminadas ou suspeitas de COVID-19, nesse cenário de alta prevalência da doença e pouco acesso aos testes. Assim, alguns bancos de sangue pelo mundo adotaram novas medidas de biossegurança como na China em que se deve aferir temperatura do doador e adicionar na triagem perguntas em relação a sintomas, contato com pessoas doentes ou viagens para regiões em que não há controle. Ainda não se sabe ao certo se as medidas são eficientes, todavia, toda precaução é essencial para garantir o fluxo de sangue sadio para os pacientes em necessidade. Conclusão: Dessa forma, percebe-se a complexidade da situação dos bancos de sangue durante a pandemia do Coronavírus. Com a redução das doações, aumento do número de amostras contaminadas, crescimento contínuo de óbitos e o impacto no sistema imune de diversas pessoas, tornando-as impossibilitadas de doar, causou-se um impacto notório no fornecimento de sangue. Portanto, é de suma urgência ter a atenção da saúde voltada para a arrecadação de plasma saudável, a testagem de amostras possivelmente contaminadas e o comprometimento com as medidas de biossegurança por funcionários e pelos doadores voluntários, para garantir estoque para os mais necessitados.
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