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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 92
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CONTROLE DE QUALIDADE DE BOLSAS DEVOLVIDAS: ANÁLISE DE HEMÓLISE E A NECESSIDADE DE AGÊNCIAS TRANSFUSIONAIS NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE DO RIO GRANDE DO NORTE
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FR Abrantes, AP Augusto, MSC Bandierini
Centro de Hemoterapia e Hematologia de Natal (HEMONORTE), Natal, RN, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

Os hemocomponentes são produtos biológicos sensíveis que requerem rigoroso controle de qualidade, desde a coleta até a transfusão. No Brasil, a Resolução RDC n° 34/2014 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2014) determina que, na presença de hemólise detectável visualmente, o hemocomponente deve ser descartado, sendo tecnicamente adotado o limite inferior a 0,8% de hemólise após centrifugação de segmento a 3.500 rpm por 10 minutos. A gestão adequada de hemocomponentes impacta diretamente na segurança transfusional, redução de desperdícios e qualidade assistencial.

Objetivos

Analisar os dados de devoluções de concentrados de hemácias recebidos pelo Hemonorte em 2024, identificando as taxas de hemólise positiva por instituição de saúde e reforçando a importância da implantação de agências transfusionais nas unidades hospitalares do Rio Grande do Norte.

Material e métodos

Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, realizado a partir dos registros de devoluções de concentrados de hemácias de janeiro a dezembro de 2024, considerando as dez instituições com maior frequência de devoluções no estado. Os dados analisados incluíram o número total de devoluções, casos de hemólise positiva e percentuais relativos, correlacionados às práticas institucionais de armazenamento, transporte e presença de agências transfusionais.

Resultados

Em 2024, foram registradas 7.466 devoluções de concentrados de hemácias por dez instituições do Rio Grande do Norte, com 393 casos de hemólise positiva (5% em média). O Hospital Rio Grande teve o maior número de devoluções (3.053) e 4% de hemólise. O maior percentual foi do Hospital Maria Alice Fernandes (10%), seguido pelo Hospital da Polícia Militar (9%). Outros hospitais apresentaram taxas entre 2% e 6%, indicando variações que sugerem diferenças nas práticas de manuseio, transporte e armazenamento dos hemocomponentes.

Discussão e conclusão

O estudo identificou variações nas taxas de hemólise, indicando falhas no manuseio, transporte e armazenamento de hemocomponentes, muitas vezes devido à falta de ATs estruturadas. A implantação de ATs melhora a rastreabilidade, a conservação adequada, a gestão de estoques e o cumprimento das normas, reduzindo perdas e aumentando a segurança transfusional. A Portaria de Consolidação n° 5/2017 estabelece que instituições de saúde que realizam cirurgias de grande porte, atendimentos de urgência/emergência ou mais de 60 transfusões mensais devem contar com uma Agência Transfusional (AT) para garantir segurança e qualidade nos procedimentos hemoterápicos.

Referências

BRASIL. Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de setembro de 2017. Anexo IV, Capítulo I, Art. 11. Agência Nacional De Vigilância Sanitária (ANVISA). Guia de Boas Práticas em Hemoterapia, 2021. Sociedade Brasileira de Hemoterapia e Hemoterapia (SBHH). Diretrizes para Segurança Transfusional, 2019.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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