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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S194 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S194 (outubro 2024)
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COMPARAÇÃO ENTRE ANÁLISE MANUAL E AUTOMÁTICA POR CITOMETRIA DE FLUXO COM O PAINEL MM MRD EUROFLOW
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ABDS Salgadoa, ES Barbosaa, EMD Coutoa, RM Pontesb, RJP Magalhãesc, A Maiolinoa,d,e, ES Costaa,f
a Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Clínica Médica, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Laboratório de Pesquisa translacional, Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), Brasília, DF, Brasil
c Serviço de Hematologia Clínica, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
d Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
e Instituto Américas de Ensino e Pesquisa, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
f Faculdade de Medicina e Serviço de Citometria, Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Objetivo/Introdução

A avaliação de doença residual mensurável por citometria (DRM) de fluxo de alta sensibilidade (Next Generation Flow - NGF) trouxe padronização, reprodutibilidade e alta sensibilidade para o acompanhamento dos pacientes com mieloma múltiplo (MM). Amplamente utilizada no monitoramento de MM, a DRM é um fator prognóstico independente, e sua correlação com a sobrevida permite que seja utilizada como end-point de estudos clínicos. Recentemente, para mitigar diferenças que podem ocorrer entre análises interoperador, o grupo EuroFlow desenvolveu uma técnica de análise automatizada (automated database-guided gating and identification - AGI), utilizando uma base de dados como referência para identificar e classificar cada população da amostra, agrupar as populações e colocar para a revisão as diferentes do padrão normal, como por exemplo plasmócitos clonais. Com base no exposto acima, o objetivo desse trabalho é comparar os resultados de DRM/NGF realizados manual e automaticamente nos casos de MM no período de 100 dias (D100) após o transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas (TACTH).

Metodologia

Foram selecionadas retrospectivamente 47 amostras de DRM/NGF no D100 após o TACTH. Todas as amostras de MO foram submetidas à lise celular em massa e marcadas com uma combinação de 10 anticorpos monoclonais otimizados em 2 tubos (8 cores) - Painel EuroFlow MM DRM e Adquiridas 107 de células por amostra utilizando o equipamento FACS Canto II (BD). Os dados gerados foram analisados manualmente por um expert e comparados com a análise automática utilizando o software Infinicyt 2.1.

Resultados

A análise automática conseguiu identificar as populações da amostra em 100% dos casos. Do total de amostras analisadas, 19/47 (40%) delas alcançaram DRM- pela análise manual (AM), enquanto 20/47, 42% pela análise automatizada (AA). Apenas um caso divergente 1/47 (2,1%) que apresentou DRM+ pela análise manual e DRM- pela análise automática, a paciente em questão não apresentou progressão de doença em 67 meses de acompanhamento. A concordância de DRM entre AA e AM para DRM MM foi de 97,8%. A comparação dos resultados analíticos entre os dados obtidos manual e automaticamente mostrou a mediana dos valores percentuais de plasmócitos normais (nPC) de 0,126 vs 0,12 para análise manual e automática respectivamente (teste de correlação de Spearman = 0,8 p = 0,000). Comparando a análise dos plasmócitos patológicos (pPC) a mediana foi de: 0,049 vs 0,05 para análise manual e automática respectivamente (teste de correlação de Spearman = 0,9 p < 0,001). Foi feito comparações entre AM e AA das demais populações da medula óssea com a correlação de 0,9 p < 0,001 para neutrófilos; 0,5 p = 0,001 para monócitos; 0,9 p < 0,001 para eosinófilos; 0,9 p < 0,001 para eritroblastos; 0,9 p < 0,001 para linfócitos B maduros; 0,9 p < 0,001 para linfócitos B precursores; 0,9 p < 0,001 para mastócitos e 0,7 p < 0,001 para precursor mieloide. O tempo médio que durou a análise automática foi de 3 minutos com mais 10 minutos para revisão dos “checks” enquanto a análise manual durou em média 45 minutos.

Conclusão

Com base nos resultados obtidos, podemos observar que análise automática é uma ferramenta segura, que confere padronização às análises por citometria de fluxo para detecção de DRM no MM e demais populações medulares além de conferir celeridade para as análises imunofenotípicas.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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