
Divulgar uma cartilha informativa com diretrizes técnicas acessíveis para o reconhecimento e adaptação de espaços variados para coleta externa de sangue em toda a Hemorrede, garantindo a conformidade com os padrões exigidos.
Materiais e métodosA partir de uma visita técnica de Arquitetura a uma Coleta Externa (CE) de sangue da Fundação Hemominas (FH), foram coletados dados para análise dos procedimentos adotados, dificuldades e inadequações na escolha dos espaços físicos em relação aos ambientes e atividades destinados ao fluxo de trabalho e do doador. Este levantamento originou um relatório técnico, cujas análises resultaram na definição de três categorias principais de critérios espaciais: arquitetônicos, ambientais e infraestruturais, em observância às normas RDC Nº50/2002, RDC Nº34/2014 e ao Anexo IV da Portaria de Consolidação Nº5/2017 do Ministério da Saúde. A partir dessas diretrizes, foram estabelecidos requisitos mínimos para o reconhecimento e a adequação de espaços para Coleta Externa.
ResultadosA colaboração multidisciplinar entre os setores Técnico-Científico e de Arquitetura resultou na criação de uma cartilha como anexo ao Manual de Assistência de Enfermagem na Coleta de Sangue Total e Aférese na FH, servindo de material de referência para unidades em todo o estado de Minas Gerais que realizam a CE em suas rotinas. A cartilha oferece uma orientação aprimorada para os profissionais de saúde envolvidos a fim de garantir que os ambientes atendam aos padrões necessários para otimizar os processos e a biossegurança.
DiscussãoEste trabalho foi motivado pela dificuldade em encontrar condições espaciais ideais para ambientes de CE de sangue no âmbito da FH. A Coleta Externa, neste contexto, é definida como um procedimento de coleta de sangue realizado fora de uma instituição de hemoterapia. Observou-se que os espaços escolhidos para a CE são frequentemente avaliados por técnicos da área da saúde sem a assessoria técnica especializada em arquitetura e engenharia. A ausência de critérios bem definidos para os espaços físicos pode resultar em fluxos de trabalho ineficientes e comprometer a produtividade, o bem-estar e a segurança dos trabalhadores da saúde e dos doadores, impactando negativamente a adesão às doações e a qualidade do material coletado. O trabalho expõe os critérios desenvolvidos pelo setor de Arquitetura em parceria com o setor Técnico-Científico da FH para a elaboração da cartilha, que define de maneira didática os critérios espaciais essenciais, tais como dimensões mínimas dos ambientes, acessibilidade, iluminação, ventilação, climatização, pontos elétricos e hidrossanitários e acesso à internet, para garantir a eficácia e segurança da coleta de sangue em espaços físicos adaptados e/ou desconhecidos.
ConclusãoA cartilha demonstrou ter grande potencial de ser um norteador eficaz para a equipe técnica de coleta de sangue da Fundação Hemominas, assegurando o cumprimento dos critérios necessários para os espaços físicos preexistentes na Coleta Externa. Este relato pode servir como referência para outras instituições que buscam implementar soluções semelhantes.