Objetivos: Caracterizar o perfil dos pacientes onco-hematológicos atendidos pelo serviço de hematologia, entre os anos de 1987 a 2019. A partir desses dados, pode-se melhorar a alocação de recursos humanos e financeiros, além de subsidiar futuros estudos mais detalhados sobre o tema. Material e métodos: Estudo de coorte retrospectivo descritivo, a partir da coleta de dados dos prontuários referentes ao período de 1987 a 2019, de pacientes atendidos no serviço de hematologia e diagnosticados com neoplasias onco-hematológicas, definidas a partir da décima revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID 10). As variáveis utilizadas foram: faixa etária (idade na primeira consulta), sexo, CID 10, desfecho (alta, óbito, em atendimento). Agrupou-se os diagnósticos por semelhança para melhor apresentação dos dados. Foram excluídos aqueles com diagnóstico não definido. Houve tabulação seguida de análise dos dados. Resultados: Dos 238 pacientes, 50,42% são do sexo feminino e 49,57% masculino. A maioria encontra-se com atendimento em andamento (65,54%), seguido de óbitos (23,53%) e altas (10,92%). Desde 1987, houve uma concentração de atendimentos na última década (73,10%). Houve predominância de pacientes idosos (42,8%), seguido de adultos (41,5%) e jovens (2,10%) - média de 56,27 anos - houve exclusão de 29 pacientes para o cálculo, por não haver informação preenchida. Dos diagnósticos, tem-se: Linfoma não Hodgkin (42,43%), Mieloma Múltiplo (31,93%), Síndrome Mieloproliferativa (10,50%), Linfoma Hodgkin (10,08%) e Leucemias (5,04%). Discussão: As doenças onco-hematológicas pertencem ao grupo de neoplasias malignas relacionadas a células derivadas do tecido hematopoiético. Dentro desse grupo de doenças secundárias a estas alterações neoplásicas podemos ter: leucemias, linfomas, síndromes mieloproliferativas, síndromes mielodisplásicas e gamopatias monoclonais, a depender do tipo celular atingido. Em nosso estudo, o Linfoma não Hodgkin (LNH) foi o de maior prevalência, o que vai de acordo com encontrado nos índices brasileiros, nos quais o número de casos dobrou nos últimos 25 anos, especialmente entre os maiores de 60 anos. Os idosos foram a maioria, correspondendo a faixa etária mais acometida no LNH e Mieloma Múltiplo, que juntos representam as duas doenças mais prevalentes no presente estudo. Com relação à variável sexo, foi possível perceber que há um equilíbrio entre homens e mulheres. Além disso, observou-se que a maioria dos prontuários analisados pertence a pacientes que mantêm o acompanhamento no serviço de hematologia, viabilizando a sequência de um tratamento adequado, manutenção do vínculo médico - paciente e, principalmente, o follow up do doente, essenciais para a manutenção da qualidade de vida. Conclusão: A pesquisa traz um retrato da realidade de um hospital universitário, possibilitando conhecer o perfil clínico dos pacientes acometidos e identificar o aumento da incidência dessas doenças. Isso é importante para o avanço das condutas estabelecidas, no âmbito microrregional, trazendo experiência e servindo como base para outros estudos e demandas macrorregionais. Ademais, poderá auxiliar para que os recursos financeiros e humanos sejam realocados com maior eficiência.
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