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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1136-S1137 (outubro 2024)
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CAR T-CELLS NO TRATAMENTO DE LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA: REVISÃO DE LITERATURA
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CAB Neto, IGD Jorge, IS Estevam, JM Dubanhevitz, LP Amorim, PE Oliveira, ES Alvarenga, KLS Ribeiro, GM Almeida, FC Marques
Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil
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HEMO 2024

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Introdução/objetivos

A leucemia linfoide aguda (LLA) é um câncer hematológico caracterizado pela proliferação de células linfoides imaturas. Tipicamente, o tratamento ocorre por quimioterapia ou transplante de células-tronco. Recentemente, tem-se apresentado o uso da terapia celular CAR T-Cell, que consiste no uso de células-T autólogas modificadas para expressarem receptores de antígenos quiméricos, visando reconhecer e destruir células leucêmicas. Esta revisão de literatura objetiva analisar o uso das CAR T-Cells no tratamento da Leucemia Linfoide Aguda.

Metodologia

Trata-se de uma revisão de literatura que analisou artigos publicados nos últimos 5 anos, escritos em língua inglesa, obtidos na base de dados PubMed, utilizando os descritores “CAR T-Cells”, “Acute Lymphoid Leukemia”, “Acute Lymphocytic Leukemia”e “Acute Lymphoblastic Leukemia”.

Resultados

Foram selecionados 6 artigos, os quais reuniram um total de 412 pacientes tratados com CAR T-cells. Foi constatada resposta molecular completa após o uso das CAR T-Cells em 327 pacientes, além de segurança no uso dessa modalidade terapêutica. Dentre os efeitos deletérios, os mais relevantes foram acometimentos metabólicos e hepáticos, neutropenia febril, trombocitopenia e anemia. De forma geral, os estudos avaliados indicaram que a terapia propicia resposta molecular completa, com alta remissão e baixos índices de recidivas.

Discussão

O uso das CAR T-Cells para o tratamento da Leucemia Linfoide Aguda é recente e tem-se mostrado promissor, acarretando, em diversos estudos, altas taxas de resposta completa. Essa técnica consiste na modificação dessas células para que expressem receptores específicos para antígenos das células leucêmicas, propiciando uma terapia especializada com altas chances de sucesso. Esse método tem sido empregado em pacientes com LLA refratária ou recidivada, podendo ser usado em crianças, o tipo de câncer mais prevalente nesse público, e em adultos jovens. Estudos avaliaram que o tratamento com CAR T-Cells propiciou uma elevada taxa de resposta completa e baixos índices de recidiva, o que sinaliza o alto potencial dessa nova terapia em atingir a remissão da doença. No entanto, foram relatados alguns efeitos adversos associados ao uso das CAR T-Cells, como síndrome de liberação de citocinas, toxicidade hepática e cardiovascular, anemia, neutropenia febril e trombocitopenia. A existência de efeitos adversos não necessariamente contraindica o uso desse tratamento; porém, é importante enfatizar a necessidade de avaliação multiprofissional da condição clínica e física do paciente, para determinar se ele está apto a receber a terapia. Dessa forma, é fundamental mensurar se os efeitos terapêuticos das CAR T-Cells sobrepõem os efeitos tóxicos, e essa avaliação deve ser feita de forma personalizada.

Conclusão

A terapia com CAR T-Cells é promissora para o tratamento da LLA. Os estudos têm demonstrado excelentes resultados e segurança desse tratamento. É importante que sejam realizados estudos com maior nível de evidência para elucidar pontos de obscuridade em relação a esse tratamento e para guiar melhor a conduta dos profissionais médicos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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