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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S499-S500 (Outubro 2021)
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CÂNCER DE MEDULA ÓSSEA: PERFIL-CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO NO BRASIL ENTRE 2009 E 2019
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MD Frassetto, JVS Mendes, BC Araujo, HV Farias, LR Cichella, ALG Milanesi
Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC, Brasil
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Objetivos

A leucemia é um tumor que afeta a medula óssea, sendo caracterizada pela proliferação aberrante de células da linhagem mieloide ou linfoide. Podemos classificar a leucemia em aguda, quando as células cancerígenas são imaturas, ou em crônica, quando as células cancerígenas são maduras. O objetivo do estudo é analisar o perfil epidemiológico de pacientes acometidos por câncer de medula óssea no Brasil nos últimos 10 anos, visando contribuir com estratégias de detecção precoce da doença e aumentar o sucesso do tratamento.

Material e métodos

Estudo descritivo, retrospectivo, com coleta de dados secundária por meio da Integração dos Registros Hospitalares de Câncer, no banco de dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer). A população estudada foram todos os pacientes diagnosticados com câncer de medula óssea no Brasil entre 2009 a 2019, avaliando um total de 95.718 pacientes. Os dados foram estratificados por faixa etária, etnia, tipos histológicos, história familiar de câncer e tratamento recebido.

Resultados

No período proposto, houve 95.718 diagnósticos de medula óssea. Desses, a faixa etária mais acometida foi entre 60 a 64 anos, totalizando 9.749 casos (10,18%), seguido daqueles entre 65 a 69 anos com 9.251 casos (9,66%) e entre 55 a 59 anos com 8.675 casos (9,06%). A maioria dos pacientes eram na raça branca com 31,49% dos casos (n = 30.139) e parda com 28,38% (n = 27.162). Ademais, a população masculina apresentou um maior número de casos com 54,09% (n = 51.774) em comparação a feminina com 45,91% (n = 43.944). Dentre os tipos histológicos encontrados, os mais prevalentes foram o Leucemia Mielóide Aguda (10,54%), Leucemia Mielóide Crônica (9,06%), Leucemia Linfoblástica de Células Precursoras (8,28%), e Leucemia Linfocítica Crônica de Células B (7,29%). Em relação ao tratamento recebido, o tratamento majoritário foi a quimioterapia isolada em 62,06% dos casos (n = 59.408), contudo 13,53% dos pacientes não receberam nenhum tratamento. Quanto a razão para não tratar, o principal motivo foi que 5,13% dos pacientes (n = 4906) vieram a óbito.

Discussão

A medula óssea é a área com maior preferência para proliferações neoplásicas, bem como para proliferações histiocíticas reativas. Sob tal perspectiva, as leucemias são um grupo de patologias malignas do sangue e da medula óssea que se apresentam com um valor elevado de leucócitos.Esse grupo é dividido em 4 tipos de leucemias, sendo elas: leucemia mielóide crônica, a leucemia mielóide aguda, leucemia linfoide crônica e leucemia linfoide aguda.Estudos epidemiológicos sobre a leucemia apontam que ocorre uma maior prevalência da patologia em pessoas com mais de 65 anos.Além disso, a Agencia de Pesquisa sobre o Câncer da Organização Mundial da Saúde produziu registros e estimativas globais sobre todos os cânceres, dentre esses registros a prevalência de leucemia é maior em pessoas do sexo masculino. Ademais, o tipo mais prevalente de leucemia é a Leucemia Mielóide Aguda, seguida pela Leucemia Linfocítica Crônica e pela Leucemia Mielóide Crônica. O tratamento de cada tipo é individualizado, entretanto a maioria dos tratamento incluem a quioterapia.

Conclusão

Foi evidenciado que a maioria dos pacientes acometidos pelo câncer de medula óssea estava na faixa etária entre 60 e 64 anos eram de raça branca e do sexo masculino. Dentre os tipos histológico encontrados o mais prevalente foi a Leucemia Mielóide Aguda e o tratamento majoritário para o câncer de medula foi a quimioterapia.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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