Compartilhar
Informação da revista
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1070 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1070 (outubro 2024)
Acesso de texto completo
CADASTRO DE DOADORES DE MEDULA ÓSSEA EM SERGIPE: NÍVEL DE INFORMAÇÃO E ENTENDIMENTO DA POPULAÇÃO
Visitas
289
MLA Cruza, LPOL Silvaa, JLD Santosa, MFB Mouraa, HSR Ribeiroa, ABL Aragãoa, VHA Rochaa, MFS Menezesa, MAF Portoa,b
a Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, SE, Brasil
b Centro de Hemoterapia de Sergipe (HEMOSE), Aracaju, SE, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

Mais dados
Objetivo

Identificar os motivos que permeiam o baixo índice de cadastro de doadores de medula óssea.

Métodos

Aprovado pelo comitê de Ética, este é um estudo de caráter exploratório e descritivo, com uma população heterogênea dividida em 4 grupos: 50 doadores de sangue do Centro de Hemoterapia de Sergipe (1), 50 médicos residentes do Hospital Universitário de Sergipe (2), 50 estudantes de medicina da Universidade Federal de Sergipe (3), 50 estudantes da UFS de curso não relacionado a saúde (4). Na pesquisa em campo, foi aplicado um questionário estruturado fechado com estes grupos, com posterior análise estatística dos dados qualitativos e quantitativos.

Resultados

Nos grupos 2 e 3 todos afirmaram saber o que é medula óssea (MO), já os grupos 1 e 4 (não relacionados à saúde) apresentaram uma taxa de conhecimento de 84% e 80%. A porcentagem de cadastro no REDOME nos grupos 1, 2, 3 e 4 foram de 20%, 40%, 48% e 20% respectivamente, sendo o dobro no grupo de médicos e alunos da saúde, em contrapartida, nos grupos com menos cadastrados (1 e 4), 6 pessoas já doaram MO. A taxa de conhecimento sobre alguém que precisou de doação foi: grupo 1 (14%), grupo 2 (16%), grupo 3 (10%) e grupo 4 (6%), sobre conhecimento dos métodos de doação: grupo 1 (24%), grupo 2 (66%), grupo 3 (50%), grupo 4 (26%) e sobre medo de doar: grupo 1 (44%), grupo 2 (18%), grupo 3 (32%), grupo 4 (42%). Apenas 1 dos 200 entrevistados tinha restrição religiosa. A taxa dos que já receberam informações sobre o procedimento foi: grupo 1 (42%), grupo 2 (84%), grupo 3 (78%) e grupo 4 (48%), que sabiam idade limite para cadastro: grupo 1 (22%), grupo 2 (10%), grupo 3 (10%) e grupo 4 (8%) e sobre ter conhecimento da dificuldade de encontrar doadores compatíveis: grupo 1 (84%), grupo 2 (100%), grupo 3 (96%) e no grupo 4 (74%). A taxa dos que sabiam sobre o formulário e a coleta de 10ml de sangue para cadastro foi: grupo 1 (52%), grupo 2 (64%), grupo 3 (76%) e grupo 4 (40%).

Discussão

Apesar de 92% dos entrevistados afirmarem a compreensão a respeito do que é medula óssea, o desconhecimento sobre o tema ainda impera: há ignorância quanto a idade limite (87%) e aos métodos de doação (58%) do público entrevistado, corroborando com o encontrado por VALOIS et al, 2024 e CAMARGO et al, 2010. O medo de realizar a doação está presente em 34% dos entrevistados, sendo que destes 64,8% são do público não relacionado a área da saúde, sendo outro causador das baixas taxas de cadastramentos de doadores (32%), concordando com SOUZA et al, 2008 e GLASER et al, 2021. Dos 32% cadastrados no banco de doadores de MO, 68% estão associados à área da saúde, porém 88,5% dos entrevistados têm conhecimento da dificuldade em se encontrar doador.

Conclusão

Os dados indicam que, embora muitos compreendam o conceito de medula óssea, falta conhecimento, acarretando na mistificação e no medo da doação. A informação disponível é insuficiente para incentivar e direcionar o cadastramento de novos doadores, reforçando a necessidade de melhoria na qualidade e na abrangência dela.

O texto completo está disponível em PDF
Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas