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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S347 (outubro 2024)
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HEMO 2024
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AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA, HEMATOLÓGICA E IMUNOFENOTÍPICAS DE PACIENTES PORTADORES DE LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO NO SUL DO BRASIL
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T Callai, CC Astigarraga
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Objetivo

A leucemia mieloide aguda (LMA) é a leucemia aguda mais comum em adultos, e representa cerca de 80% dos casos neste grupo, aumentando a sua incidência com a idade. O objetivo deste estudo é determinar o perfil dos pacientes portadores de leucemia mieloide aguda diagnosticada em um hospital terciário no sul do Brasil.

Material e métodos

O presente estudo é uma coorte retrospectiva do período de janeiro de 2011 até dezembro de 2021, sendo incluídos 220 pacientes com LMA, tratados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre com idade acima de 18 anos.

Resultados e discussão

Nessa população, a idade mediana de acometimento por LMA foi de 56 anos, sendo mais comum no sexo feninino (54,5%) e etnia caucasiana (92,7%). 24,5% dos casos eram secundários à síndrome mielodisplásica e o subtipo mais comum foi LMA Promielocítica (21,3%), seguido da LMA monocítica (15%). Conforme a classificação da European LeukemiaNet, 11 pacientes apresentaram risco favorável, 97 pacientes risco intermediário e 112 pacientes risco adverso. 84 (38,8%) apresentaram cariótipo normal, 78 (35,5%) pacientes apresentaram cariótipo sem crescimento ou ausência do mesmo ao diagnóstico, 11 (5%) cariótipo complexo, 18 (8,2%) com translocação (15,17), 4 (1,8%) com inversão do 16 e 2 (0,9%) translocação 11q23. A mediana de leucocitos foi 10.770/mm3, hemoglobina 7,7 g/dL, plaquetas 36.000/μL e de blastos na medula óssea foi de 63%. Em relação aos protocolos de tratamento, a quimioterapia intensiva foi realizada em 141 (64,1%), quimioterapia de baixa intensidade 19 (8,6%) e terapia de suporte já ao diagnóstico foi de 60 (27,3%). Dos pacientes submetidos a quimioterapia intensiva, 90 (40,9%) apresentaram remissão, 37 (16,8%) foram refratários ao tratamento inicial e direcionados para terapia de resgate e 93 (42,3%) já definidos para tratamento paliativo. 33 pacientes foram submetidos a transplante de medula óssea. Dos pacientes totais, 165 (75%) foram a óbito e 55 (25%) estão vivos até o momento. A mortalidade em pacientes com idade maior ou igual a 60 anos foi de 95,7% e nos pacientes com menos de 60 anos foi de 60,3%. A maior causa de óbito em 108 (65%) foi infecciosa, de etiologia bacteriana. A sobrevida global dos pacientes em 24 meses foi de 30%. Em conformidade com a literatura, o subtipo de LMA mais frequente foi a promielocítica, a raça mais acometida foi a branca, a idade acima de 60 anos foi fator prognóstico desfavorável, ser do sexo feminino e ter realizado TCTH foram fatores que afetaram positivamente a sobrevida e a principal causa de morte foi a sepse. Diferente de outros estudos, o sexo feminino foi o mais acometido na nossa coorte e a idade média de acometimento foi menor.

Conclusão

A maior parte dos resultados obtidos corroboram com dados da literatura e contribuem para o conhecimento e melhor manejo dos pacientes, a fim de melhorar a assistência da população portadora de LMA.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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