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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S375 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S375 (outubro 2024)
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AVALIAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS LEUCEMIAS MIELOIDES AGUDAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO PEDRO
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B G, B M, N F, P M, V J, S S, N F, O E, A A, M D
Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Objetivo

A Leucemia mieloide aguda (LMA), é uma neoplasia que afeta a medula óssea a apresenta um curso agressivo. Com isso, é fundamental o diagnóstico precoce e respectivo tratamento. O prognóstico está intimamente relacionado às características citogenéticas, sendo assim classificada em baixo, moderado ou alto risco. O trabalho tem como objetivo apresentar dados epidemiológicos das leucemias mieloides agudas diagnosticadas ao longo de um ano no Hospital Universitário.

Material e métodos

Coleta de dados em prontuário para traçar o perfil epidemiológico das leucemias mieloides agudas internadas no HUAP durante o período de março de 2023 a março de 2024.

Resultados

Durante o período de março de 2023 a março de 2024 foram diagnosticados 15 novos casos LMA no HUAP, sendo 8 do sexo feminino e 7 do sexo masculino. Desses 15 novos casos, 2 foram relacionados à translocação bcr-abl com mais de 20% de blastos, 3 foram secundários a Leucemia mielomonocítica crônica, 1 caso foi secundário a mielofibrose, 6 foram relacionados a mielodisplasia e 3 foram caracterizados como leucemia de novo. A média de idade dos pacientes foi de 56 anos. Dos 15 pacientes apenas, em todos foram realizados citogenética, mas em nenhum exame de biologia molecular. Na avaliação do cariótipo houve 1 caso (6,6%) com inversão do 16, classificada como de risco de prognóstico favorável da LMA. Em 11 (73,3%) pacientes tinham citogenética com perfil de prognóstico adverso, seja por alterações relacionadas a mielodisplasia ou mesmo pela presença de cariótipo complexo. Em relação a tratamento, o protocolo de indução com regime 7 + 3 foi o mais realizado, em 9 (60%) pacientes, 1 caso (6,6%) foi tratado com o protocolo Flag + Dauno, 1 (6,6%) recebeu o protocolo MEC e 4 (26,6%) com o protocolo VIALE C. Transplante de medula óssea alogênico foi realizado como consolidação em 4 (26,6%) pacientes. Dos 15 pacientes, 7 evoluíram para óbito com as principais causas infecção em 3 casos (20%), progressão de doença (13,2%), sangramento (6,6%) e cardiotoxicidade aguda decorrente da quimioterapia (6,6%).

Discussão

Os avanços em diagnósticos, incluídos a nova classificação da Organização Mundial de Saúde, têm sido cada vez mais importante para a devida estratificação de risco desses pacientes, com objetivo de decidir sobre a melhor terapia disponível para eles. Com a melhor compreensão dos dados epidemiológicos fez com que possamos observar altas taxas de LMA secundária, que já classificavam o paciente em alto risco, mas por outro lado a ausência de disponibilidade de avaliação molecular, principalmente nos pacientes com LMA “de novo” ainda pode ser uma lacuna para nossa estratificação por risco e decisão terapêutica.

Conclusão

O conhecimento dos dados epidemiológicos em pacientes com LMA na nossa instituição é importante para que possamos otimizar nossos fluxos diagnósticos e melhora nossas taxas de eficácia de sobrevida nestes pacientes.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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