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Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S666-S667 (Outubro 2022)
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AVALIAÇÃO DO PERFIL DE DOADORES DE SANGUE DO HOSPITAL MÁRCIO CUNHA DURANTE O PERÍODO CRÍTICO DA PANDEMIA DE COVID-19
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MNCS Almeida, MAM Murer, SSF Oliveira, TM Araújo, PDCR Silva, CS Lima, EHR Rodrigues
Hospital Márcio Cunha - Fundação São Francisco Xavier, Timóteo, MG, Brasil
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Introdução

Todos os serviços de saúde foram impactados durante a pandemia de COVID-19, os serviços de hemoterapia, que dependem de doadores voluntários, sofreram com a necessidade de isolamento da população e pelo medo do contágio ao vir doar, também por doadores infectados e maior número de transfusões em pacientes com complicações da COVID-19. As outras patologias com necessidade de transfusão ainda existiam e os bancos de sangue tiveram que se reorganizar para buscar ativamente os doadores e atender as medidas necessárias para evitar o contágio, como não causar aglomerações, distanciamento entre as cadeiras do doador e uso de máscara e álcool gel.

Objetivos

Avaliar o perfil do doador de sangue do serviço de hemoterapia do Hospital Márcio Cunha durante o período crítico da pandemia de COVID-19.

Materiais e Métodos

estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo, realizado no serviço de hemoterapia através de avaliação do relatório de produção Hemoterápica – Hemoprod, dos meses de maio 2020 a julho 2021, período com elevado número de óbitos por COVID-19 no Brasil.

Resultados e Discussão

Nos meses de maio/20 a julho/21 foram entrevistados 12.154 candidatos, sendo 9.449 aptos para doação de sangue total, média de 629 doadores/mês. A maior parte das doações foi espontânea (55,6%), seguida de reposição e apenas uma doação autóloga no período. Em relação ao tipo de doador; 69,7% doaram pela primeira vez; 29,5% de forma esporádica e apenas 0,7% de repetição. A maioria dos doadores foi do gênero masculino (58,2%) com idade acima de 29 anos (67,7%). A principal causa da inaptidão na triagem foi descrito como outras (20%), sendo mais comum o uso de medicamentos que impedem a doação e procedimentos endoscópicos nos últimos seis meses; 3,65% apresentavam hematócrito abaixo do necessário; 2,8% hipotensão e 1,04% comportamento de risco para doença sexualmente transmissível. No que se refere a triagem sorológica, 221 doadores apresentaram sorologia positiva (2,3%) sendo 47% anti-HBc total reagente, 45.8% sífilis; 2,7% anti-HCV; 1,8% HBsAg e HTLV e 0,9% HIV. Quanto ao perfil imunohematológico 41,8% foram do grupo O positivo e 28,7% A positivo, sendo os mais frequentes e 9,9% foram O negativo. No período foram produzidos 9.323 concentrados de hemácias e transfundidos 6.826 e produzidos 8.948 concentrados de plaquetas e transfundidos 3.983.

Conclusão

Não há substituto para sangue humano, por isso os serviços de hemoterapia dependem dos doadores voluntários para manter o estoque de hemocomponentes. No período da pandemia houve menor número de doações e maior necessidade de transfusões em decorrências das complicações da COVID-19. O banco de sangue do Hospital Márcio Cunha atendeu as medidas sanitárias para evitar o contágio e utilizou de estratégias de captação de doares para tentar diminuir o impacto para o setor assistencial, no período analisado o número de doações foi suficiente para atender a demanda transfusional, fato também relacionado à redução de cirurgias eletivas.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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