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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S160 (outubro 2024)
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HEMO 2024
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AVALIAÇÃO DO PERFIL CINÉTICO DOS PARÂMETROS PLAQUETÁRIOS EM PACIENTES COM SEPSE
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CA Sepanskia, DC Kalvab
a Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HURCG), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Ponta Grossa, PR, Brasil
b Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Ponta Grossa, PR, Brasil
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Introdução

A sepse é definida como uma síndrome clínica causada por uma resposta desregulada do hospedeiro frente a uma infecção, podendo levar à disfunção de múltiplos órgãos e óbito. O diagnóstico precoce e o manejo correto são considerados fundamentais para um bom prognóstico desse quadro clínico. Entre os marcadores laboratoriais mais utilizados na prática clínica para o seu monitoramento estão a procalcitonina, o lactato e a proteína C reativa (PCR). No entanto, novos estudos demonstram que os índices plaquetários também poderiam ser úteis e auxiliar no diagnóstico e monitoramento de pacientes sépticos. Os índices plaquetários incluem a contagem total de plaquetas, a largura de distribuição plaquetária (PDW), o volume plaquetário médio (VPM), o plaquetócrito (PTC) e o percentual de macroplaquetas (P-LCR). No entanto, ainda há uma escassez de dados clínicos sobre os mesmos, sendo necessárias mais pesquisas que confirmem o seu valor na prática clínica.

Objetivo

Avaliar o perfil cinético dos parâmetros plaquetários de pacientes diagnosticados com sepse no decorrer dos dias de internamento e de acordo com o desfecho final (alta/óbito).

Metodologia

Trata-se de um estudo observacional prospectivo, com pacientes diagnosticados com sepse internados no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais. Foram obtidos os parâmetros plaquetários e a PCR destes pacientes, além dos dados demográficos e informações clínicas. Esses parâmetros foram coletados nos dias um, três, cinco, sete, 3 dias antes do desfecho clínico final e no dia do desfecho clínico final para obtenção de um perfil destes ao decorrer dos dias de internamento.

Resultados

Os parâmetros plaquetários analisados demonstraram diferenças significativas entre os grupos apenas 3 dias antes e no dia do desfecho clínico final. Os pacientes não sobreviventes apresentaram uma diminuição da contagem de plaquetas e valores de VPM, PDW e P-LCR mais elevados quando comparados aos sobreviventes. Os valores de PCR também foram significativamente maiores nos pacientes que evoluíram para óbito.

Discussão

Estudos recentes demonstram que valores de VPM e P-LCR mais elevados são indicativos de aumento da renovação plaquetária pela medula óssea em resposta ao estresse, resultando em plaquetas maiores, mais jovens e funcionalmente mais ativas. Além disso, um VPM elevado está associado à gravidade da sepse e a piores resultados clínicos. Um PDW mais alto indica heterogeneidade de volume plaquetário, resultante da presença da imaturidade e ativação plaquetária na circulação. Pacientes sépticos com valores mais altos de PDW estão relacionados com uma maior mortalidade. A trombocitopenia em pacientes com sepse ocorre devido à produção diminuída ou ao aumento da rotatividade plaquetária. A cinética das plaquetas na sepse é caracterizada por uma queda inicial nos primeiros dias seguida por um aumento e, então, trombocitose. Os pacientes que não apresentam uma resposta plaquetária adequada e uma trombocitopenia persistente estão associados a piores prognósticos e maior mortalidade.

Conclusão

Neste estudo, uma queda na contagem de plaquetas e um aumento no VPM, PDW e P-LCR foram associados à maior mortalidade.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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