
Esta pesquisa aborda como tema a avaliação de fatores de risco para desenvolvimento de trombofilias na gestação. Tal tema foi eleito por ser uma das patologias que mais acometem gestantes, resultando em complicações significativas. Desta feita, o estudo realizado no âmbito da revisão bibliográfica apresenta como objetivo central a ampliação de conhecimentos teóricos e práticos a respeito das trombofilias na gestação, além de direcionar o conhecimento das principais comorbidades envolvidas, compreender como funcionam as profilaxias em gestantes, conhecer os fatores de risco associados à trombofilia na gestação e entender sobre os prognósticos e tratamentos nas gestantes. A metodologia utilizada pautou-se em uma revisão bibliográfica com buscas dos descritores trombofilia na gestação, riscos na gestação, eventos tromboembólicos e doenças hematológicas em bases de dados nacional e internacional no ano de 2022, totalizando trinta e duas referências. Como tema central de discussão tem-se trombofilia caracterizada como uma anormalidade do sistema de coagulação, gerando propensão a eventos tromboembólicos. Essa patologia ganha destaque quando se fala em puerpério, 50% a 60% dos casos acometem as puérperas. Em relação a fisiopatologia, tem-se a tríade de Virchow desencadeando o quadro, com ela origina-se uma inflamação que, junto ao fluxo anormal do sangue, resulta na formação de trombos, os quais são potencializados pelos fatores de coagulação gerados durante a gestação. A sintomatologia envolve inchaço com quadro inflamatório, dispneia, partos prematuros, complicações na gestação, eclâmpsia e aborto de repetição. Dentre condições individuais diretamente relacionadas a patologia, se destacam aborto prévio, idade avançada, parto cesária, imobilização, obesidade, alto grau de paridade, além de enfermidades sistêmicas (neoplasias, infecções e autoimunes). O diagnóstico deve ser pesquisado em gestantes e puerperas com Trombofilia Hereditária, alto risco de desenvolvimento de TEV, diagnóstico de SAF ou histórico familiar de primeiro grau de TEV, sendo a somatória de um critério clínico e um laboratorial pré-estabelecido. Mulheres trombofílicas devem receber a profilaxia com varfarina na segunda fase do ciclo menstrual de possível concepção e ser mantido se a gravidez acontecer, caso a concepção ocorra sem a profilaxia, deve ser iniciado imediatamente. Para o tratamento do tromboembolismo venoso, deve ser usado ácido acetilsalicilico, heparina nao fracionada e heparina de baixo peso molecular, além de meias de compressao elastica. Desta feita, os fatores de risco estão diretamente relacionados com o início das alterações na coagulação sanguínea; assim, instituir uma terapia profilática com base nas características da gestantes evitaria possíveis obstáculos que, em sua maioria são fatais.