Introdução: Os profissionais e estudantes da área da saúde compõem um grupo que diariamente lida, com a necessidade de transfusão sanguínea, também são corresponsáveis no processo de captação de doadores e prescrição de hemocomponentes. A partir disso, estudar a frequência de doadores nesta população, suas motivações, ou ausência delas, permite obter informações para elaboração de estratégias de conscientização no tema. Objetivos: Quantificar os estudantes de medicina de uma faculdade do Espírito Santo que realizaram doação ou que podem ser potenciais doadores de sangue. Método: Estudo transversal realizado por meio de questionários autoaplicáveis, cálculo da amostra em no mínimo 180 entrevistados (nível de confiança 95%). Dados avaliados: identificação, sexo, idade, período da graduação, se já doou sangue, se encontra potencialmente apto para doação (dentro de critérios gerais) e como o candidato classifica a importância da doação de sangue. Resultados: Avaliados 261 estudantes de medicina, 70% nunca doaram sangue, todavia 97% já se interessaram em realizar doação de sangue. 92% avaliam em alto grau de importância realizar uma doação de sangue. 88% eram potencialmente aptos para a doação no momento avaliado. Daqueles que passaram pela experiência de doar 51% o fizeram pela primeira vez após iniciar a graduação em medicina. Apenas 19% são doadores regulares, destes 53% doam apenas 1 vez/ano e 33% doam 2×/ano e 13% doam mais de 2× ao ano. Discussão: A prevalência de doadores na população geral do Brasil é cerca de 1,6%, mas análises em estudantes de medicina demonstram maiores prevalências provavelmente pelo conhecimento da importância deste ato, neste estudo 51% doaram sangue pela primeira vez após início da graduação. Em estudo na Índia, em 2011, 62% dos estudantes de medicina nunca doaram sangue, já no Brasil, em 2008, na Universidade Federal de Santa Catarina, identificou-se 61% de não doadores. Neste estudo mesmo com a diferença temporal da análise nota se uma alta frequência de estudantes que nunca realizaram doação (70%). Também encontramos menor prevalência de doadores regulares (19%), quando comparado com estudo na Universidade de São Paulo em 2014 (23%). Conclusão: Os dados obtidos demonstram a necessidade da elaboração de estratégias de estímulo a doação de sangue na população estudada. Acreditamos que desenvolver esta pesquisa no ambiente acadêmico também auxiliou despertar o interesse pelo tema entre os estudantes.
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