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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S221 (Outubro 2021)
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AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS GERAIS DA HEMOFILIA ENTRE OS ESTUDANTES DE MEDICINA, RIO DE JANEIRO
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EYK Ueda, RG Busnardo, LRS Tavares, ES Magalhães, LP Silva, EDSL Franco, LM Gobato
Fundação Técnico Educacional Souza Marques, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Objetivo

A Hemofilia é uma doença hemorrágica hereditária recessiva do cromossomo X que se apresenta por meio de deficiências quantitativas ou qualitativas dos fatores de coagulação. Pode ser classificada como A (deficiência do fator VII), B (deficiência do fator IX) ou C (deficiência do fator XI). É uma patologia de importância médica mas cercada de mitos e dúvidas, gerando receios e condutas incorretas que podem levar a prejuízos no prognóstico e na saúde do indivíduo hemofílico. O objetivo deste estudo é avaliar os conhecimentos gerais da Hemofilia entre estudantes de medicina em uma faculdade do Rio de Janeiro, RJ, Brasil para corrigir e educar.

Materiais e métodos

Foi realizado um questionário online composto por 20 questões múltipla escolha com conhecimentos gerais sobre hemofilia. A população em estudo, alunos em graduação de medicina de uma faculdade particular do Rio de Janeiro, Brasil foi convidada a participar, através de um link, que direcionava para Google Formulários. As opções de resposta propostas foram “Verdadeiro”, “Falso”e “Não Sei”para julgar as assertivas. Foi considerado satisfatório respostas que obtiveram acima de 50% entre os participantes. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética 5239 - Escola de Medicina Souza Marques - Fund. Tec. Educ. Souza Marques/RJ, Parecer 4221286, CAAE: 35578620500005239.

Resultados

A população analisada foi de 68 estudantes, com predomínio na faixa etária entre 18 a 23 anos. Dentre o grupo observado, 20,6% cursavam o 1°ano da faculdade de medicina, 25% cursavam o 2°ano, 17,6% o 3°ano, 33,8% o 4°ano, e 2,9% cursavam o 6°ano. Apenas 14,7% afirmam estar aptos para lidar com indivíduos com hemofilia. Os dados coletados sobre o conhecimento desta doença demonstraram uma média de 28,25% das respostas tidas como “não sabe”. Em relação às respostas, pode-se observar que a questão sobre “A história familiar é capaz de excluir o diagnóstico de hemofilia uma vez que há fatores genéticos envolvidos.”foi a que obteve o maior número de erros, com aproximadamente 48,5%. A maioria desconhecia sobre as deficiências dos fatores de coagulação. Nota-se que as questões com maior número de acertos foram sobre a possibilidade de pacientes hemofílicos praticarem esportes (79,4%), o tempo de diagnóstico apenas em crianças (77,9%) e a variabilidade de clínica conforme a idade (75%). Do total, 58,8% relataram que o assunto hemofilia é “pouco abordado dentro das salas de aula”, 23,5% informam como “não abordado”, entretanto, 17,6% afirmam ser abordado, não tendo nenhuma pontuação para a variável “bem abordado”.

Discussão

Através dos resultados obtidos no questionário, nota-se que a maioria dos participantes demonstraram dúvidas sobre a fisiopatologia, quadro clínico e terapêutica. Em estudos similares, nota-se profissionais da saúde com receio de tratar hemofílicos pois há desconhecimento e incertezas. Mas, como visto na literatura, ao educar o paciente desta população, proporciona-se autonomia e independência, melhorando da qualidade de vida.

Conclusão

A partir dos dados obtidos, percebe-se que há deficiências significativas (abaixo de 50% de acerto) em algumas perguntas mais específicas sobre os diferentes tipos de hemofilia que devem ser sanados ao longo do curso médico, em especial suas complicações, tratamentos e epidemiologia. Se comparado com os demais estudos, percebe-se que tem uma taxa de acerto superior a população hemofílica, profissionais odontológicos e professores de alunos hemofílicos.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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