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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1201 (outubro 2024)
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HEMO 2024
Páginas S1201 (outubro 2024)
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AVALIAÇÃO DE ASPECTOS EMOCIONAIS E COGAPLICAÇÃO DE TÉCNICAS PROJETIVAS PARA NITIVOS DE CRIANÇAS SUBMETIDAS AO TRATAMENTO ONCOLÓGICO
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GA Corradi, H Chiattone, N Silva, A Cappellano
Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC), Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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HEMO 2024

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Objetivos

Aferir a relevância da utilização de instrumentos projetivos, como o desenho da figura humana e o desenho-estória, na avaliação de aspectos emocionais e cognitivos de crianças submetidas ao tratamento de tumores no sistema nervoso central.

Material e método

A coleta de dados ocorreu na rotina ambulatorial do serviço de psicologia, voltada a crianças de cinco a dez anos de idade, em tratamento oncológico de tumores no sistema nervoso central. A criança senta à mesa, onde lhe é ofertado folha sulfite, lápis grafite, borracha, lápis de cor e canetas coloridas. A primeira orientação é que desenhe uma pessoa na folha. Na segunda folha, dividida em quatro quadrantes, pede-se para realizar um desenho em cada uma das partes e ao final contar uma história sobre os desenhos. Na última e terceira folha, pede-se novamente para a criança reproduzir uma figura humana. É importante que a criança seja questionada ao longo das aplicações sobre seus traços e significados, principalmente no final de cada desenho. O tema do desenho-estória é livre. A coleta foi realizadas com oito pacientes ao total.

Resultados

As representações indicam que nem todas as crianças desenvolveram desenhos e narrativas envolvendo a hospitalização e o tratamento. Algumas envolvem situações cotidianas, momentos de alegria. Entretanto em outras predominaram a tristeza e o desconforto devido aos procedimentos técnicos dolorosos e à ruptura da vida cotidiana com a família. Algumas crianças apresentaram certa dificuldade em seguir as orientações da atividade, como desenvolver uma história a partir dos desenhos ou representar uma figura humana. A dificuldade foi maior entre aquelas que apresentam diagnóstico diferencial, como TEA e TDAH.

Discussão

Observou-se um certo empobrecimento dos traços e qualidade do desenho, principalmente nas crianças que haviam sido submetidas a ressecções tumorais recentemente e nas que estão em fase ativa do tratamento oncológico. Depois do desenho-estória, na reaplicação do desenho da figura humana, observou-se quase de forma absoluta uma expressão criativa maior nos traços. Figuras humanas com traços animalescos, com mais cores ou com narrativas melhor desenvolvidas. O desenho enquanto manifestação gráfica de pensamentos e sentimentos atua como instrumento de medida de fenômenos psicológicos. Aspectos relacionados à doença e hospitalização também podem ser mensurados através da técnica.

Conclusão

Com a aplicação do desenho-estória, percebe-se a importância da expressão da subjetividade por meio do lúdico. Além da técnica por si só ser terapêutica, trazendo impacto emocional positivo para as crianças. Durante as aplicações é possível observar a disfunção cognitiva em alguns pacientes, de forma direta ou indiretamente. A pesquisa traz resultados promissores quanto avaliação de aspectos psicológicos e resgate de qualidade de vida.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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