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Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S648-S649 (Outubro 2022)
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AVALIAÇÃO DE ANEMIA EM CRIANÇAS DE 0 A 2 ANOS EM UMA CIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
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CV Niero, CV Niero, FA Morais, MD Justo
Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC, Brasil
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Objetivo

Verificar a frequência de anemia em crianças de 0 a 2 anos devido à alta prevalência da doença nesta idade, as inúmeras manifestações clínicas e suas possíveis complicações a longo prazo.

Materiais e Métodos

Estudo observacional, descritivo e retrospectivo com abordagem quantitativa e coleta de dados secundários, seguindo a ordem cronológica dos exames que atenderam os critérios de inclusão de agosto de 2021 a outubro de 2020. Foram avaliados 228 hemogramas em um laboratório de análises clínicas de uma cidade do Sul de Santa Catarina, sendo distribuídos igualmente entre os exames realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e particular/convênio e excluídos hemogramas com dois ou mais laudos de anemia.

Resultados

Dos 228 hemogramas analisados, 18 apresentaram anemia (7,9%), sendo considerado anemia quando: hemoglobina <11 g/dL nas crianças maiores de 6 meses e hemoglobina <9,5 g/dL nas menores de 6 meses de idade. Apenas 1 apresentou idade de 0 a 6 meses, enquanto 11 possuíam entre 12 a 18 meses. Os grupos de 6 a 12 meses e 18 a 24 meses apresentaram 3 crianças em cada faixa etária. No entanto, a criança menor de 6 meses de idade foi um valor atípico que distorce a média e inflaciona o desvio padrão, sendo retirada para fins da análise estatística. Com relação aos hemogramas com anemia, 50% eram SUS e 50% particular/convênio, sendo que 61,1% das crianças eram do sexo masculino. A hemoglobina média avaliada foi 9,98 g/dL e o valor médio de hemácias foi 4,42 mi/uL, já a média do hematócrito foi 30,75%. O VCM médio foi 71,26 fL, já o HCM e CHCM foram 23,29 pg e 32,52%, respectivamente. O RDW encontrado teve média de 15,24% e as plaquetas de 412.388,89 mm3.

Discussão

A porcentagem de anemia no atual estudo foi inferior à encontrada na literatura, podendo ser explicado devido à escassez de diagnósticos de anemia no local estudado. Apesar de o presente estudo avaliar apenas crianças menores de 2 anos de idade, a literatura corrobora com esta faixa etária no diagnóstico de anemia, pois é o período de transição do aleitamento materno e o momento de alto índice proliferativo celular. A literatura mostra que a anemia ferropriva é o principal subtipo de anemia e sua alta prevalência na população pediátrica está associada ao fato de que as crianças a termo possuem estoques de ferro por 4 a 6 meses após o nascimento e a deficiência deste elemento torna-se aparente entre 9 e 12 meses de idade. Nesse contexto, estudos mostram que o sexo masculino possui menor estoque de ferro, e consequentemente, maior risco de carência deste nutriente. Logo, justifica o achado de 61,1% das crianças diagnosticadas com anemia serem do sexo masculino. O presente estudo obteve a mesma quantidade de crianças anêmicas com hemogramas realizados pelo SUS e particular/convênio. No entanto, atuais estudos evidenciam a prevalência maior de anemia em crianças socialmente vulneráveis, com baixa renda e provenientes de locais desprovidos de saneamento básico.

Conclusão

Encontramos anemia em menor porcentagem do que em estudos semelhantes. No entanto, a faixa etária e o sexo com maior porcentagem de diagnósticos, assim como os níveis de hemoglobina no momento da realização do hemograma de crianças diagnosticadas com anemia foram similares ao que a literatura apresenta.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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