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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2735
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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS COM DOENÇA FALCIFORME EM UMA UNIDADE REFERÊNCIA EM HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
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98
LA Silvaa, F Dos Santosb
a Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti – HEMORIO, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b UNESA, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A crise álgica é a complicação mais frequente e comumente a primeira manifestação da Doença Falciforme (DF), que é uma doença crônica, hereditária e incurável com um elevado grau de sofrimento, gerando comprometimento físico, emocional e social, e podendo interferir na qualidade de vida.

Objetivos

Evidenciar através da aplicação do SCORE do SF-36 (Short Form Health Survey), a Qualidade de Vida (QV) das pessoas com DF; analisar a influência da dor na qualidade de vida das pessoas com Doença Falciforme levando em consideração o SCORE do SF36; descrever os fatores desencadeantes da dor nas pessoas com Doença Falciforme.

Material e métodos

Estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa realizado nos cenários ambulatorial e de emergência do Instituto de Hematologia do estado do Rio de Janeiro, no período de Outubro/2021 a Fevereiro/2022 com aplicação do questionário SF36 formado por 36 itens, englobados em 8 domínios do estado de saúde: capacidade funcional, aspectos físicos , dor, estado geral da saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental e uma questão que mede a transição do estado de saúde no período de um ano e não é empregada no cálculo das escalas. A análise estatística descritiva foi realizada com auxílio do Software Microsoft EXCEL para organização do banco de dados e do programa R para construção dos gráficos e tabelas.

Resultados

Dos 143 participantes entrevistados, 51% era do gênero masculino e 49% era do gênero feminino, a faixa etária predominante entre 18 e 30 anos, 65% com ensino médio. 79,72% era do tipo SS (HbSS), a forma mais grave da DF. Com relação à limitação física, 55% dos homens e 64% das mulheres relatam que a doença interfere neste quesito. Dos entrevistados, 75.4% dos homens e 71.5% das mulheres referem interferência de dor na rotina diária. Além disso, 70% dos homens e 75.3% das mulheres relatam estado geral da saúde ruim, assim como saúde mental (masculino 52% e feminino 65%) e vitalidade (masculino 31% e feminino 60%) abalados.

Discussão e conclusão

Demonstrou-se uma qualidade de vida ruim dos portadores de DF, através da avaliação do SCORE do SF 36 principalmente, Além do frio, esforço físico e o estresse emocional serem considerados fatores desencadeantes da dor, outros fatores podem ocorrer, e também pode não haver um fator identificável. A dor na DF é considera aguda, crônica e neuropática. É preciso o conhecimento do enfermeiro diante dos impactos psicológicos na dor e se propõem um manejo dentro de um contexto biopsicossocial. Entretanto este estudo poderá contribuir junto aos profissionais de saúde na necessidade de ampliação da avaliação da dor, de forma holística incluindo os aspectos que influenciam na qualidade de vida, como por exemplo, os emocionais, objetivando tratar da melhor forma diante das condições apresentadas por pessoas com Doença Falciforme.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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