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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S708-S709 (Outubro 2023)
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AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO ASSINTOMÁTICA POR LEISHMANIA INFANTUM EM DOADORES DE SANGUE DE REGIÃO NÃO ENDÊMICA PARA LEISHMANIOSE VISCERAL
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GM Vieira, LF Ananias, RV Lima, BA Pereira, FB Vito, LQ Pereira, HM Souza, SCSV Tanaka
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, MG, Brasil
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Objetivo

Analisar a prevalência de infecção assintomática por Leishmania infantum em doadores de sangue oriundos de uma região não endêmica para leishmaniose visceral, porém, incluída em uma zona de risco e de possível avanço urbano da doença.

Método

Este projeto foi aprovado pelos Comitês de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro e Fundação Hemominas (CAAE 29950120.4.0000.5154) e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O grupo de estudo foi composto por 284 doadores de sangue, recrutados no Hemocentro Regional de Uberaba, que preencheram os critérios próprios para doação de sangue estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Foram coletados 10 mL sangue periférico, no momento da doação de sangue, juntamente com o material coletado para os testes de triagem. A detecção qualitativa de anticorpos IgG contra L.L infantum foi realizada através de ensaio imunoenzimático com kit comercialmente disponível (BIOLISA LEISHMANIOSE VISCERAL®- Bioclin, Belo Horizonte, Brasil) de acordo com a as recomendações do fabricante. Variáveis contínuas foram descritas por média ± desvio padrão e as variáveis categóricas expressas através de porcentagem.

Resultados

Dos 284 doadores, 52,5% eram do sexo masculino e 47,5% eram do sexo feminino e a mediana de idade foi de 36 anos (mín 18 máx 69 anos). Observou-se predomínio de doadores brancos (49,3%), solteiros (49,6%), com nível superior completo (32,4%), renda de até 02 salários mínimos (40,8%). A maioria não tinha conhecimento sobre a leishmaniose visceral (56,4%) e nunca visitou região endêmica para a doença (75%). Dentre os que relataram já ter visitado a região endêmica, a região nordeste do país e o norte do estado de Minas Gerais foram os locais mais citados. Dos 284 doadores, 69,4% relatou ter cães. Todas as amostras foram negativas no teste sorológico.

Discussão

O perfil sociodemográfico dos doadores participantes do presente trabalho assemelha-se ao de um estudo no estado de Pernambuco, no qual a idade média dos doadores foi de 33 anos, com nível superior completo e a maioria do sexo masculino. Apesar do presente trabalho não ter encontrado amostras positivas para infecção assintomática por L. infantum , deve-se considerar a ampliação no número de amostras avaliadas, pois estudos realizados em regiões endêmicas para a LV no país, com tamanho amostral muito superior ao do presente estudo, têm demonstrado prevalência de 5 a 15% de doadores assintomáticos. Considerando a crescente expansão da doença no Brasil, estudos como este são fundamentais para revelar qual a prevalência de doadores de sangue com infecção assintomática por L. infantum em regiões não endêmicas para leishmaniose visceral, tendo em vista que esses dados ainda são limitados. Também cabe destacar que até o momento não há um padrão ouro para o diagnóstico dos casos assintomáticos, o que torna desafiadora a avaliação de prevalência da infecção assintomática, principalmente em regiões não endêmicas para leishmaniose visceral.

Conclusão

Dessa forma, o estudo conclui que, com a amostra avaliada, não foram identificados doadores positivos para L. infantum no Hemocentro Regional de Uberaba.

O texto completo está disponível em PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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