Objetivos: Dentre as complicações clínicas da anemia falciforme (AF), o acidente vascular encefálico (AVE) é a de maior gravidade, acometendo principalmente crianças com AF. O risco de AVE é diretamente proporcional ao aumento da velocidade média das artérias cerebrais que pode ser medida por ultrassonografia através do Doppler Transcraniano (DTC). Entretanto, aproximadamente 5% das crianças apresentam DTC inadequado por não se conseguir mensurar o fluxo sanguíneo e outros 19% de crianças com AF, mesmo com DTC normal podem vir a desenvolver o AVE. Diante disso, percebe-se a importância de identificar novos indicadores do risco de desenvolvimento do AVE em pacientes com AF. O TGF-B (Fator de crescimento transformador β) é uma citocina anti-inflamatória e dentre suas várias funções encontra-se a inibição da produção de óxido nítrico (NO) contribuindo para ocorrência de vaso-oclusão, pois potencializa a vaso-constricção e aumento da aderência ao endotélio vascular. O TGFBR3 é um proteoglicano de membrana de receptores TGF-B. Polimorfismos no seu gene codificante, TGFBR3, foram associados a doenças cerebrovasculares e ao fenótipo de hemólise na Anemia Falciforme, podendo estar relacionados ao aumento de risco de AVE. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi analisar a associação do polimorfismo rs284875 do gene TGFBR3 com o desenvolvimento de doença cerebrovascular em pacientes pediátricos portadores de AF acompanhados no serviço de Hematologia e Hemoterapia da Fundação Hemope. Métodos: Após aprovação pelo comitê de ética (CAAE: 21722613.7.0000.5208), foram selecionados 325 indivíduos com AF menores de 18 anos de idade, dos quais foi efetuada a análise de prontuários médicos para coleta de dados clínicos. A genotipagem foi feita por qPCR usando o sistema de sondas TaqMan e a análise estatística foi feita pelo software SPSS Statistics 19.0. Resultados: A partir da velocidade do fluxo sanguíneo cerebral medida pelo DTC, os pacientes foram classificados em: DTC normal (190; 67,3%), DTC condicionante (61; 21,7%) e DTC alto risco (31; 11,0%). A frequência genotípica para o polimorfismo rs284875 encontradas foram respectivamente: 87,4% para o genótipo GG (homozigoto selvagem), 12,0% para o genótipo heterozigoto GA e 0,6% para o genótipo homozigoto variante AA. Quando comparado com o DTC, o polimorfismo não mostrou associação estatística significante (p=0,614). Também não foi encontrada relação com a incidência de AVE e nem com variáveis relacionadas com o desenvolvimento do AVE (p>0,05). Conclusões: Neste estudo, não foi possivel encontrar associação do polimorfismo estudado com o risco de AVE e DTC alterado na nossa população de estudo.
O fator de impacto mede o número médio de citações recebidas em um ano por trabalhos publicados na revista durante os dois anos anteriores.
© Clarivate Analytics, Journal Citation Reports 2022
O CiteScore mede as citações médias recebidas por documento publicado. Mais informação
Ver maisCiteScore Percentile indica a posição relativa de um título de série em seu campo de assunto.
Ver maisSJR é uma métrica de prestígio baseada na idéia de que todas as citações não são iguais. SJR utiliza um algoritmo similar ao page rank do Google; é uma medida quantitativa e qualitativa ao impacto de uma publicação.
Ver mais