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Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S166 (Outubro 2022)
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ASPERGILOSE PULMONAR INVASIVA PRECOCE EM LEUCEMIA AGUDA BIFENOTÍPICA
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CAT Alves, MLM Nucci, ACA Silveira, NCC Oliveira
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Introdução

Aspergilose pulmonar invasiva (API) é uma das principais doenças fúngicas invasivas em pacientes hematológicos de alto risco, como os portadores de leucemia aguda. A mortalidade associada a API diminuiu na última década devido ao diagnóstico e tratamento precoce. Em leucemia aguda, API costuma ocorrer na segunda ou terceira semana do tratamento. Entretanto, há relatos de API ocorrendo no momento do diagnóstico da leucemia aguda.

Objetivo

Apresentar o caso de uma leucemia aguda bifenotípica com Aspergilose Pulmonar Invasiva ao diagnóstico.

Relato de caso

Paciente masculino de 30 anos, previamente hígido, relatava ter apresentado 4 meses antes tosse seca, perda ponderal de 30Kg, febre, sudorese noturna e diversas intercorrências infecciosas, como pneumonia e celulite periorbitária. Exames laboratoriais evidenciavam anemia e leucopenia com neutropenia e um diagnóstico de leucemia aguda de fenótipo misto foi feito (mieloide e linfoide T). A tomografia computadorizada (TC) de tórax da admissão mostrou opacidade nodular heterogênea de limites imprecisos com discreto vidro fosco ao redor e bronquiectasia. Galactomanana sérica foi normal. Um lavado broncoalveolar mostrou BAAR e GeneXpert para Mycobacterium tuberculosis negativos, mas galactomanana de 1,7. Foi feito diagnóstico de API e iniciado tratamento com anfotericina B complexo lipídico por 14 dias e depois voriconazol por 32 dias. Evoluiu com melhora completa dos sintomas e TC de tórax de controle ao final da indução de remissão mostrou melhora significativa. O paciente recebeu voriconazol como profilaxia secundária nos ciclos subsequentes de quimioterapia e não apresentou recidiva da API.

Discussão

Esse caso mostra o valor da TC e galactomanana no lavado broncoalveolar como ferrarmenta diagnóstica para API. Um estudo prospectivo mostrou uma prevalência de 11% de API em pacientes com leucemia aguda antes do início do tratamento. Uma vez que não existem marcadores clínicos específicos para a API, exames de imagem de rastreio devem ser considerados, embora não seja rotina. Achados tomográficos sugestivos de API são árvore em brotamento, vidro fosco e nódulos com ou sem sinal do halo. Na presença de tais achados, deve-se fazer galactomanana no soro e, se normal, lavado broncoalveolar.

Conclusão

A realização de uma TC de tórax deve ser considerada no diagnóstico das leucemias agudas, principalmente quando há outro fator de risco associado, como neutropenia crônica. O diagnóstico e o tratamento precoces melhoram o prognóstico da API.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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