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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S659 (outubro 2024)
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ASPARAGINASES NO TRATAMENTO DE LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA NO BRASIL: SOBREVIDA E FALHA TERAPÊUTICA
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AB Lopes, TH Tormen
Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR), Curitiba, PR, Brasil
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Introdução

A Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é uma doença de significativa prevalência mundial e nacional, sendo a principal neoplasia em crianças menores de 15 anos. A asparaginase é uma enzima importante na remissão da doença e, no Brasil, nos últimos anos, foi fornecida pelo governo com 2 formulações e 3 marcas diferentes: Aginasa®, Leuginase® e Oncaspar®.

Objetivo

Esse estudo tem como objetivo principal avaliar o impacto dessas três marcas na sobrevida global em 5 anos (SG), sobrevida livre de eventos em 5 anos (SLE) e sobrevida livre de falha terapêutica em 5 anos (SLFT) em pacientes pediátricos com LLA submetidos a tratamento no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR).

Material e métodos

: Foram coletados dados de prontuários de 45 pacientes tratados no Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR), num período entre novembro de 2013 a novembro de 2022, entre idade de 1 a 14 anos. Os dados foram comparados pelo teste de Fisher, teste t e pela curva de Kaplan-Meier.

Resultados

: A idade média de diagnóstico de LLA no HC-UFPR é de 5 anos, semelhante às métricas encontradas em outros estudos realizados no Brasil, mas é inferior à média encontrada em países desenvolvidos indicando um adoecimento precoce da população brasileira. A anemia foi o sinal encontrado em 100% dos pacientes analisados, enquanto apenas 35% apresentaram blastos em sangue periférico. Não houve diferença estatística significativa entre os grupos na SG e SLE. A SG média foi de 90,8%, semelhante à taxa de sobrevida de países desenvolvidos e maior que as taxas na américa latina. A SLFT média foi de 95,4%, com diferença estatística significante entre os grupos (p = 0,0442), indicando que Leuginase® (SFLT = 66,7%) tenha maior chance de falha terapêutica que Aginasa® (SLFT = 95,2%) e, mais ainda, que Oncospar® (SFLT = 100%).

Conclusão

: Apesar da amostra limitada, os resultados no HC-UFPR evidenciam uma eficiência questionável da Leuginase®. O estudo enfatiza a relevância de considerar pacientes e tipos de asparaginase para melhorar abordagens clínicas na LLA, demandando mais pesquisas para orientar práticas terapêuticas.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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