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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2891
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APROVEITAMENTO DE PLASMA EXCEDENTE: ANÁLISE PRELIMINAR DE CUSTO, DESPERDÍCIO E IMPACTO AMBIENTAL NA FUNDAÇÃO HEMOMINAS
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MPS Castanheira, CE Oliveira, JR Barbosa, CC Martins, MJ Trancoso, ML Pinheiro Leite
Fundação HEMOMINAS, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

O plasma humano excedente das transfusões é um insumo biológico escasso a nível mundial e de alta demanda para a produção de hemoderivados e para uso em pesquisas clínicas. Desde 2021, por meio de convênio entre o Ministério da Saúde, Hemobrás e empresa fracionadora contratada, a Fundação Hemominas retomou o envio do plasma (PFC, PF24, PC e PIC) para fins industriais. Desde então, intensificaram-se os esforços para reduzir o desperdício desse insumo e alcançar a meta nacional de 65% de aproveitamento do plasma excedente.

Objetivos

O Objetivo do nosso estudo foi dimensionar o volume de descarte na produção e armazenamento de plasma excedente na Fundação Hemominas. A anáise do cenário de custos e impactos traçados no presente estudo, contribui para politicas de gestão do plasma em nossa instituição e poderá servir de referência para outras instituições da área de Hemoterapia, sejam públicas ou privadas.

Material e métodos

A Fundação Hemominas utiliza metodologias consolidadas para a apuração dos custos relacionados à produção de hemocomponentes, incluindo o custeio baseado em atividades (ABC – Activity-Based Costing) e o rateio tradicional de custos. Sob a perspectiva ambiental, além dos custos com a destinação final de resíduos infectantes (Grupo A), destaca-se o impacto ambiental gerado pelo descarte de plasma, que inclui a emissão de carbono e a sobrecarga em aterros sanitários. Neste estudo, utilizou-se como referência a massa total de resíduos do grupo A gerados em um Hemocentro da instituição no ano de 2024. Os dados coletados foram lançados em planilhas excel e plotados em gráficos. Para fins de cálculo dos custos de descarte dos resíduo, foram analisados os dados das planilhas utilizadas para recolhimento de resíduos do tipo A, descontados os descartes eventuais de outros tipos de resíduos da mesma classificação de risco o que possibilitou apuração do total em toneladas por período, os custos relacionados em Kg e a estimativa de geração de carbono relacionadas.

Resultados

A partir dos dados coletados, foram projetados cenários estimativos para dimensionar o possível volume de plasma descartado e seus respectivos custos e impactos, permitindo a construção de análises de custo-benefício para a instituição. A média de resíduos do Grupo A em decorrência de bolsas de plasma foi de 4,5 toneladas no ano de 2024. Deste total, a estimativa é de que pelo menos 20% deste total poderia ter sido enviado para fracionamento industrial, com redução dos custos e impacto ambiental. Em relação a emissão de CO2, a estimativa é de que foram gerados no mínimo 2 toneladas de carbono para a incineração e destinação final do resíduo.

Discussão e conclusão

Para além dos fluxos envolvidos no manejo do plasma humano, estimar os custos de produção, armazenamento e descarte deste subproduto da doação, leva a demonstração através de dados estatísticos concretos que serão base para formular indicadores e políticas internas de melhor aproveitamento. Os dados aqui apresentados são preliminares e servirão de base para aprofundamento futuro sobre as relações entre gestão de resíduos, eficiência econômica e sustentabilidade institucional no contexto do aproveitamento do plasma humano.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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