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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S2-S3 (Outubro 2021)
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ANEMIA POR DEFICIÊNCIA DE FERRO NO BRASIL: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO 2011-2020
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AL Schuster, BFB Bassani, ER Farias
Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Canoas, RS, Brasil
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Objetivo

As anemias constituem um importante problema à saúde pública, sendo a anemia por deficiência de ferro (ADF) a mais prevalente ao redor do mundo. O presente trabalho busca analisar a epidemiologia das internações por anemia por deficiência de ferro (ADF) no Brasil, quanto à distribuição por regiões, sexo e faixa etária no período 2011-2020.

Material e métodos

Realizou-se um estudo descritivo transversal utilizando a base de dados do DATASUS, no período de julho de 2021, filtrando por internações por ADF segundo região brasileira, sexo e faixa etária do período 2011-2020.

Resultados

As internações referentes à ADF, no Brasil, variaram de 12.737, em 2011, a 10.547, em 2020, totalizando 112.819 no período. A região brasileira com o maior número de internações foi a região Sudeste, que totalizou 43.150(38,2%), seguida da Nordeste, com 35.445 (31,4%), Sul, 17.985 (16%), Centro-Oeste, 8.383(7,4%) e Norte, com 7.856(7%). Quanto ao sexo dos pacientes, temos que ocorreram mais internações por parte do sexo feminino, 64.943(57,6%), sendo 47.871 (42,4%) internados do sexo masculino. No que convém à idade dos pacientes, temos que a faixa etária com o maior número de internações foi a dos maiores de 70 anos, 36.749 (32,6%), seguido dos com entre 50 e 69 anos, que totalizaram 29.381 (26%), dos com 30 a 49 anos, 25.621 (22,7%), dos com 10 a 29 anos, 12.553 (11,1%), e por fim, os menores de 9 anos, com 8.515 (7,6%).

Discussão

As internações por ADF diminuíram no período analisado. É possível observar que a região Sudeste, que concentra cerca de 42% da população brasileira, foi responsável por 38,2% das internações, enquanto a Nordeste, que possui cerca de 27% da população, apresentou 31,4%. Mostrando que, mesmo com uma população consideravelmente menor, a região Nordeste apresenta um alto número de internações. Ao analisar as internações pela ADF relacionadas ao sexo, o feminino apresentou-se 15,2% maior ao masculino. Além disso, a faixa etária mais acometida pela ADF foi a dos maiores de 70 anos, que apresentaram 6,6% mais internações que a segunda colocada, a dos entre 50 e 69 anos.

Conclusões

O conhecimento da epidemiologia é fundamental para observar como se distribui a ADF em todo território nacional. Assim, é possível observar o alto número de internações em relação à população na região Nordeste, sendo necessárias maiores investigações dos motivos que levam a este cenário no local. Além disso, é fundamental o conhecimento por parte dos profissionais de saúde da importância de investigar a etiologia da ADF, uma vez que pode ocorrer tanto por uma deficiência nutricional, quanto por outra comorbidade. Sendo assim, a ADF deve ser investigada com rigor, principalmente em idosos, que apresentaram o maior número de internações, devido aos inúmeros desfechos negativos possíveis e a alta relação entre ADF por sangramento crônico e neoplasias, que tendem aumentar sua incidência com a idade.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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