Compartilhar
Informação da revista
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 1819
Acesso de texto completo
ANEMIA HEMOLÍTICA NO BRASIL: UMA ANÁLISE ETÁRIA E REGIONAL COM BASE NO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE MORTALIDADE
Visitas
136
GM Luza, RS Cabanhab, LC Luza, CE Silvac, IM Avilab, CP Coelhob, MA Ancelb, AL de Oliveirab, SM Simõesb
a Universidade Nove de Julho, São Paulo, SP, Brasil
b Universidade Anhanguera, Campo Grande, MS, Brasil
c Universidade do Grande Rio, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

Mais dados
Introdução

As anemias hemolíticas constituem um grupo de distúrbios hematológicos caracterizados pela redução da vida média dos eritrócitos, associada à produção medular insuficiente para compensar essa perda acelerada. Embora apresentem menor prevalência em relação a outros tipos de anemia no contexto brasileiro, configuram um agravo clínico relevante, com implicações significativas para a saúde pública, especialmente quando não diagnosticadas precocemente ou manejadas de forma inadequada. A faixa etária compreendida entre 15 e 29 anos representa uma fase de transição entre a adolescência e a vida adulta, marcada por alterações fisiológicas, comportamentais e sociais que podem influenciar diretamente a susceptibilidade a agravos à saúde. Jovens nessa etapa da vida, embora exerçam papel fundamental na dinâmica social e econômica, frequentemente enfrentam barreiras no acesso aos serviços de saúde, como baixa adesão a programas de acompanhamento médico. A análise epidemiológica focada nesse grupo etário, ainda subexplorado nas estatísticas oficiais, permite ampliar o escopo das investigações sobre a mortalidade por anemias hemolíticas, viabilizando o desenvolvimento de estratégias específicas para prevenção, diagnóstico precoce e tratamento.

Objetivos

Analisar os óbitos por anemias hemolíticas registrados no Brasil entre 2019 e 2023, com foco na população jovem (15 a 29 anos) e nas cinco macrorregiões do país.

Material e métodos

Este estudo utilizou dados secundários extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os critérios de inclusão foram definidos com base na Classificação Internacional de Doenças – CID-10, selecionando o Capítulo III, que compreende as doenças do sangue, dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários, com enfoque específico no grupo das Anemias Hemolíticas. Foram aplicados filtros relacionados aos cinco últimos anos, à faixa etária (15 a 19 anos e 20 a 29 anos) e região geográfica.

Discussão e conclusão

Segundo dados disponíveis do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), a aplicação dos filtros considerados para este projeto, resultou um total de 913 óbitos classificados pelo grupo CID-10: Anemias Hemolíticas. Desse total, a Região Sudeste apresentou o maior número de óbitos, com 378 casos, seguida pelas regiões Nordeste (319 casos), Norte (106), Centro-Oeste (83) e Sul (27). Os dados disponíveis possuem atualização correspondente a dezembro de 2024.

Conclusão

A concentração expressiva de óbitos nas regiões Sudeste e Nordeste, aponta possíveis desigualdades no acesso, diagnóstico e manejo clínico da doença entre as macrorregiões. Esses achados revelam uma realidade pouco explorada e apontam para a necessidade de reestruturação dos sistemas de atenção à saúde voltados à juventude. Ao explorar um grupo historicamente subdimensionado nos levantamentos oficiais, esta análise contribui de forma significativa para a construção de políticas públicas mais equitativas, pautadas pela valorização da juventude como protagonista na sociedade e como alvo para estratégias preventivas e assistenciais no sistema de saúde brasileiro.

O texto completo está disponível em PDF
Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas