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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 3371
Acesso de texto completo
ANEMIA HEMOLÍTICA AUTOIMUNE INFANTIL: UM DESAFIO DIAGNÓSTICO PARA O PEDIATRA
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LAL Frota, CG da Silva, MLGG Rocha, LA Arcanjo, LR Gurgel, AA de Vasconcelos, ATT Montalvão, MES Tahim, MEP Vasconcelos, MJ Passos
Centro Universitário Inta (UNINTA), Sobral, CE, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A anemia, em geral, acontece quando as hemácias estão abaixo do normal no sangue, resultando em distribuição baixa de oxigênio para os órgãos. Referente à Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI), ela difere-se pela sintomatologia que resulta da hemólise, sendo uma condição rara caracterizada pela ligação de anticorpos específicos e eritrócitos, reduzindo o tempo de vida destes.

Objetivos

Compreender a apresentação clínica da anemia hemolítica autoimune no público infantil.

Material e métodos

Trata-se de um estudo exploratório por meio de pesquisa bibliográfica não sistematizada, sendo operacionalizada a partir da busca eletrônica de artigos presentes na base de dados: Google Acadêmico. Para os critérios de inclusão, foram selecionados 5 trabalhos publicados no período de 2021 a 2025, contendo o texto na íntegra nos idiomas Português e Inglês, que atendessem ao objetivo proposto. Foram excluídos artigos publicados antes do ano de 2021.

Discussão e conclusão

Essa doença acomete os públicos adulto e infantil, sendo ainda mais raro neste, em uma proporção de 0,8 casos em 100.000 indivíduos com menos de 18 anos e é mais prevalente no sexo masculino entre crianças e mais no sexo feminino entre adolescentes. Quanto às classificações da AHAI, diversos estudos demonstraram que muitos diagnósticos são de causas primárias e quase 70% dos casos são por anticorpos quentes, mas é necessário que todas as crianças façam uma busca por etiologias adjacentes. Além disso, os sintomas observados na Pediatria são os mesmos entre os adultos, como icterícia, palidez, febre, fadiga e dispneia. O diagnóstico é feito pelos seguintes exames: hemograma, reticulócitos, bilirrubina indireta, desidrogenase láctica e teste de Coombs direto e indireto. Com a confirmação deles, é iniciado o tratamento, que varia de acordo com o anticorpo encontrado, caso seja o quente é prescrito corticoides, como a prednisona, caso seja o frio, a terapia é curta e autolimitada por meio de hidratação, diurese e proteção do frio. Ainda, em pacientes extremos, a esplenectomia é indicada apenas quando as drogas não surtirem efeito, devendo sempre medir os riscos desse procedimento pela idade da criança e pelas vacinas para prevenção de infecções. Crianças que apresentam resposta parcial aos corticoides devem fazer uma associação com imunossupressores, ciclosporina e azatioprina, para diminuir as doses dos corticoides e os efeitos colaterais pelo uso a longo prazo. Com base nos artigos analisados, percebe-se que a anemia hemolítica autoimune entre crianças e adolescentes possui a necessidade de uma pesquisa mais aprofundada para encontrar o diagnóstico. Devido a isso, é essencial que o pediatra seja cauteloso e investigue fatores relacionados à doença quando houver suspeita, pois pode ser fatal, se porventura a apresentação clínica não estiver nítida ou o tratamento for refratário. Assim, por ser ainda mais incomum na Pediatria, é importante que os médicos responsáveis saibam identificar e tratar de forma adequada para que o prognóstico curse com a cura da doença. Porém, ainda é escasso o estudo da AHAI no público infantojuvenil devido à sua singularidade, sendo preciso mais conhecimento sobre seu curso clínico e tratamento para que a resolução do caso seja precoce e a qualidade de vida das crianças e dos adolescentes seja preservada.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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