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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S689-S690 (outubro 2024)
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ANEMIA FETAL: DO DIAGNÓSTICO AO MANEJO INICIAL E TRATAMENTOS
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ICDN Maluly, LC Godoy, CF Venas-Do, JRA Pereira
Universidade Nove de Julho (Uninove), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Introdução/objetivos

A anemia fetal é a diminuição progressiva de hemácias e hemoglobina no sangue fetal, comprometendo a oxigenação dos tecidos, o que representa um grave problema de saúde. A dificuldade no diagnóstico se dá pela heterogeneidade das causas da doença. Seu diagnóstico deve ser precoce a fim de evitar complicações como sequelas neurológicas, hidropisia fetal e óbito perinatal. A transfusão intra uterina, tratamento de escolha mais comum, apresenta desafios técnicos e riscos associados. Este artigo tem como objetivo revisar os métodos diagnósticos e resultados da transfusão intrauterina, além de discutir a otimização do manejo clínico e a melhoria dos resultados perinatais.

Material e métodos

Trata-se de um estudo realizado a partir da análise de artigos encontrados na base de dados PubMed. Para a realização da investigação, foram selecionados os artigos em língua inglesa, publicados entre os anos de 2000 e 2024, que contemplavam as palavras-chave: “anemia”, “fetal”, “diagnosis”, “treatment”, “pregnancy” e “prenatal”. A partir da combinação dos descritores foram obtidos 270 artigos, dos quais foram utilizados 6 estudos que atenderam aos critérios de inclusão.

Resultados

Dado que o diagnóstico precoce da condição é fundamental para que o seu tratamento seja eficaz, os padrões de prática atuais estabelecem a avaliação ultrassonográfica Doppler como um procedimento pouco invasivo capaz de detectar a anemia fetal. Esse exame, em fetos com risco de anemia em decorrência da aloimunização materna de hemácias, é capaz de diagnosticar de acordo com o aumento da velocidade máxima do fluxo sanguíneo sistólico na artéria cerebral média. Os artigos selecionados demonstram a eficácia da transfusão intrauterina como tratamento para casos graves. Estudos sugerem a otimização dos resultados com a combinação de transfusão intrauterina com terapias adjuvantes, como plasmaferese e imunoglobulina intravenosa quando instituída antes da 20ªsemana de gestação.

Discussão

Os resultados deste estudo corroboram a literatura ao evidenciar a anemia fetal como uma condição com impacto no desenvolvimento fetal. Os avanços tecnológicos recentes, como a dopplerfluxometria em gestações gemelares monocoriônicas e a otimização das técnicas de triagem para aloimunização, demonstram um progresso notável no diagnóstico precoce. No entanto, a transfusão intrauterina, que é padrão no tratamento, permanece um procedimento invasivo, associado a riscos para a mãe e o feto. A busca por alternativas terapêuticas com menor perfil de complicações é uma área de investigação. Embora terapias adjuvantes, como a plasmaférese e a administração de imunoglobulina, tenham demonstrado potencial em alguns casos, a transfusão intrauterina se mantém como o pilar do tratamento.

Conclusão

Diante da diminuição de hemácias e hemoglobina, o desenvolvimento e a saúde do feto podem ser comprometidas. Nesse sentido, o diagnóstico precoce é imprescindível para que o tratamento seja iniciado, sendo preferível o exame pouco invasivo de ultrassom Doppler para a detecção da doença. Após o diagnóstico, para o manejo inicial e tratamento, a transfusão intrauterina é um tratamento eficaz. Tendo em vista os riscos do procedimento, a plasmaférese e a administração de imunoglobulina são utilizadas como terapias complementares durante o processo de cura.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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