
A anemia ferropriva é a forma mais comum de anemia globalmente, resultando da deficiência de ferro, um mineral essencial para a produção de hemoglobina. A hemoglobina é a proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue, e sua carência pode levar a diversas manifestações clínicas e complicações de saúde. A condição afeta milhões de pessoas, especialmente em populações vulneráveis, como crianças, mulheres grávidas e pacientes submetidos a cirurgias bariátricas. Este estudo visa revisar a fisiopatologia da anemia ferropriva e suas manifestações clínicas, com foco em identificar os mecanismos patológicos e suas implicações específicas em casos clínicos, além de explorar as abordagens de manejo em grupos de alto risco. O presente estudo tem como objetivo revisar a literatura existente sobre a anemia ferropriva, abordando sua fisiopatologia e manifestações clínicas. O foco está em identificar os mecanismos subjacentes à deficiência de ferro e suas implicações clínicas, bem como analisar casos específicos de anemia ferropriva em populações vulneráveis, como grávidas e pacientes pós-cirurgia bariátrica. A metodologia empregada consiste em uma revisão sistemática da literatura, abrangendo artigos científicos, revisões e estudos de caso publicados nas últimas duas décadas. Foram utilizadas bases de dados como PubMed, Scielo e Google Scholar. Os critérios de inclusão envolveram publicações em inglês e português que abordassem diretamente a fisiopatologia da anemia ferropriva e suas manifestações clínicas. Excluíram-se estudos com foco exclusivo em terapias farmacológicas sem discussão sobre a fisiopatologia ou que não apresentassem dados clínicos relevantes. A revisão identificou que a anemia ferropriva resulta principalmente da depleção dos estoques de ferro no organismo, sendo frequentemente causada por perdas sanguíneas, dietas inadequadas ou condições que afetam a absorção intestinal de ferro. Clinicamente, manifesta-se por sintomas como fadiga, palidez, dispneia e, em casos severos, pode levar a complicações cardiovasculares. Em populações específicas, como grávidas, a anemia ferropriva está associada a maiores riscos de parto prematuro e baixo peso ao nascer. Em pacientes pós-cirurgia bariátrica, a alteração anatômica do trato gastrointestinal compromete a absorção de ferro, resultando em uma prevalência elevada de anemia nesta população. A análise dos estudos revela que a fisiopatologia da anemia ferropriva é multifatorial, envolvendo a interação entre a diminuição da ingestão de ferro, aumento das necessidades fisiológicas (como na gravidez) e perdas excessivas de ferro. A avaliação clínica deve ser cuidadosa, considerando a apresentação sintomática e o contexto do paciente. Em grávidas, a suplementação de ferro é frequentemente necessária para prevenir complicações obstétricas. Em pacientes pós-bariátrica, estratégias nutricionais e suplementação são cruciais para manejar a deficiência de ferro. A anemia ferropriva representa uma condição clínica significativa com implicações diversas em diferentes populações. Em grávidas, está associada a desfechos adversos na gestação, exigindo atenção especial e manejo precoce. Nos pacientes pós-cirurgia bariátrica, a prevenção e tratamento da anemia ferropriva são desafiadores devido às alterações na absorção de nutrientes. Portanto, a compreensão detalhada da fisiopatologia e manifestações clínicas da anemia ferropriva é essencial para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e tratamento, destacando a necessidade de abordagens personalizadas para grupos de risco.