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Vol. 42. Núm. S2.
Páginas 20 (novembro 2020)
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31
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ANEMIA ADQUIRIDA EM INTERNAÇÃO HOSPITALAR E SUA PREVENÇÃO: REVISÃO DE LITERATURA
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P.G.B. Tavares, A.V.T.M.J. Pacheco, A.C.C. Batista, L.R. Miranda, M.E.A. Santos, A.C.P.E. Oliveira, H.I. Paula, G.M. Gonzaga, D.L.A.N. Amorim, I.B. Rios
Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil
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Objetivo: O intuito deste trabalho é realizar uma revisão literária sobre a anemia adquirida em internação hospitalar, assim como revisar os últimos estudos para prevenção dessa. Materiais e métodos: Foram selecionados artigos sobre o tema publicados no intervalo 2006 até 2019, utilizando plataformas online “PubMed”e “SciELO”. As palavras chaves usadas foram: “Iatrogenic Anemia”, “Phlebotomy”, “Hospital-acquired Anemia” e “ICU Anemia”. Resultados: Pacientes submetidos a unidade de tratamento intensivo (UTI) estão sob os cuidados constantes da equipe médica, de maneira que seus vasos são manipulados frequentemente, seja para retirada de sangue ou administração de substâncias. Até 90% desses pacientes desenvolvem anemia pelo 3°dia de internação. Essa é uma condição multifatorial, sendo os principais fatores: a constante retirada de sangue para exames (vampirismo médico), diluição do sangue dos pacientes ao administrar medicamentos e uma produção de eritrócitos reduzida. Segundo estudos, a cada 100ml de sangue apartados desses pacientes, ocorre, em média, uma diminuição de 7.0g/l na hemoglobina e 1,9% no hematócrito. Outro estudo indicou um aumento de 18% de risco de contrair anemia hospitalar adquirida a cada 50ml de sangue retirados. Esses pacientes estão associados com uma maior estadia na UTI e com maiores chance de necessitarem de uma transfusão de concentrado de hemácias no futuro. Discussão: Quando sob cuidados intensivos, os pacientes estão sujeitos à possível iatrogenia médica, e suas consequências. 40% das transfusões realizadas na UTI são devido a anemia provinda da flebotomia. Ainda assim, trata-se de uma situação evitável. A retirada de sangue para exames pode ser diminuída com uso de recipientes coletores menores, esse método mostrou-se eficaz reduzindo até 25% do sangue extraído durante um período de 2 anos. O mesmo resultado foi alcançado usando dispositivos de retorno sanguíneo ao paciente. Dessa maneira, vários casos de anemia hospitalar adquirida poderiam ser evitados, assim como uma maior permanência desses pacientes na UTI e a sua mortalidade. Conclusão: O manejo de pacientes na UTI é um processo delicado e precisa de esforços da equipe médica para não piorar a saúde dos pacientes. Trata-se de um problema retroalimentativo, onde o paciente adquire uma condição que pode vir a piorar sua condição primária e assim aumentar a permanência no leito. Porém, os fatores que levam o paciente a desenvolver essa condição podem ser amenizados, como: evitar uma retirada excessiva de sangue usando de artifícios de manejo sanguíneo, assim como atenção ao administrar qualquer medicamento ou fluido intravenoso.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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