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Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S393 (Outubro 2022)
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ANÁLISE DE FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS PARA PRODUÇÃO DE ANTICORPOS IGG ANTI-SPIKE EM DOADORES DE PLASMA CONVALESCENTE NA CIDADE DE MANAUS
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AL Silva-Juniora,b, LS Oliveirab, TCC Costab, LA Xabregasb, S Diasb, MAE Crispimb,c, EC Sabinod, NA Fraijia,b, A Malheiroa,b,c, AG Costaa,b,c
a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM, Brasil
b Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (HEMOAM), Manaus, AM, Brasil
c Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Manaus, AM, Brasil
d Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, Brasil
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Objetivos

A COVID-19 foi a doença que causou o quadro de pandemia, ocasionando diversos casos e óbitos ao longo do mundo. Uma estratégia para o tratamento de quadros graves da COVID-19 foi o uso de plasma convalescente, obtido de doadores convalescentes da doença, com alta produção de anticorpos, de forma a permitir a neutralização do vírus e melhora no quadro clínico. Embora muitos estudos destaquem o uso do plasma convalescente, poucos descrevem propostas para coletar plasma com concentração de anticorpos anti-Spike aceitáveis para o uso em indivíduos acometidos com a forma grave da COVID-19. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar os fatores sociodemográficos ligados à produção de anticorpos IgG anti-Spike em candidatos à doação de plasma convalescente na cidade de Manaus-AM.

Material e métodos

Foram incluídos no estudo 123 candidatos à doação de plasma convalescente, do gênero masculino, que tiveram o diagnóstico da COVID-19 30 dias antes da doação, sem histórico de vacinação prévia. Foi realizada uma coleta de 4 mL do sangue periférico para obtenção do soro, utilizado para quantificação de anticorpos IgG anti-Spike por quimioluminescência, expressos em AU/mL, através do kit Architect SARS-CoV-2 IgG II Quant (Abbott). Os doadores foram segregados com base na concentração de anticorpos em baixa produção (< 50 AU/mL), produção intermediária (50-1,280 AU/mL) e alta produção (> 1,280 AU/mL), segundo informações do kit, e recomendação internacional. Os dados sociodemográficos de idade, gênero, cor de pele, índice de massa corporal (IMC), uso de ventilação mecânica e dias internados foram utilizados para fins de comparação entre os grupos. Foi realizado o teste de ANOVA, Qui-Quadrado e teste exato de Fisher para comparação dos dados sociodemográficos, além dos testes de correlação de Spearman.

Resultados

Nossos dados demonstraram uma maior prevalência de doadores com alto índice de IMC na população de alto produtores de anticorpos (p = 0.0254). Além disso, também observamos que a concentração dos anticorpos IgG anti-Spike apresentou grau de correlação positiva com a idade (r = 0.240; p = 0.008) e IMC (r = 0.247; p < 0.006).

Discussão

Nossos resultados demonstram uma relação entre a idade e o IMC na produção de anticorpos anti-Spike em doadores convalescentes com alta concentração de anticorpos. Essa relação pode estar atrelada à efeitos de imunomodulação, bem como ao grau de lesão tecidual e sistêmico apresentado pelos pacientes mais velhos e/ou com maior IMC. A relação desses fatores com a produção de anticorpos ainda é uma área pouco explorada, o que salienta a necessidade de compreender os mecanismos imunológicos associados à produção de anticorpos, junto com a proteção dos pacientes convalescentes.

Conclusão

Nosso estudo demonstrou que o IMC dos acometidos pela COVID-19 pode contribuir para a alta produção de anticorpos de classe IgG anti-Spike. No entanto, estudos adicionais são necessários para compreender os aspectos imunológicos associados à maior proteção da população, bem como produção de anticorpos com maior eficácia pelos indivíduos acometidos pela COVID-19. *AM e AGC contribuíram igualmente para este trabalho.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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