
Analisar a incidência dos episódios hemorrágicos após terapia com anticorpo monoclonal.
Material e métodoPesquisa quantitativa, retrospectiva, transversal realizada no período de outubro de 2020 a junho de 2022. Foram analisadas a taxa de sangramento no período de 12 meses anterior a nova terapia e o período após o uso do Emicizumabe.Foram incluídos no estudo os pacientes que apresentaram falha terapêutica de Imunotolerância e que foram aprovados na consulta multiprofissional para nova modalidade de tratamento. Os pacientes foram enumerados para garantir o sigilo das informações.
ResultadosAnalisados 08 pacientes que iniciaram a profilaxia com emicizumabe em outubro de 2021. Dos pacientes participantes do estudo, 6 (75%) apresentaram inibidores de alta titulação. Quatro (50%) pacientes são crianças com idade entre 07 a 11 anos, os outros variam entre 20 a 26 anos. Quatro residem em Fortaleza, dois em Iguatu e dois em Sobral. A nova terapia iniciou em outubro de 2021. O paciente 1 teve 04 episódios de sangramentos traumáticos, sendo três musculares (hematoma em coxa D, edema em panturrilha E e hematoma em região axilar E) e um articular (Cotovelo D) no intervalo de 12 meses antes e após a nova terapia apresentou 01 sangramento muscular de origem traumática com boa resposta ao tratamento após dose única de Fator VIIa. O paciente 2 apresentou dois sangramentos traumáticos, um articular (Cotovelo E) e um muscular (coxa D) anterior a mudança de tratamento. Após a nova terapia não apresentou nenhum sangramento. O paciente 3 apresentou dois sangramentos articulares (cotovelo D) e (Falange D) ambos de origem traumática anterior à mudança de tratamento. Após a mudança terapia não apresentou nenhum sangramento. O paciente 4 apresentou dois sangramentos traumáticos articulares (Cotovelo E e quadril D) anterior a mudança de tratamento e após o novo tratamento não apresentou nenhum sangramento. Paciente 5, apresentou dois sangramentos articulares em tornozelo D, antes da mudança de tratamento e nenhum sangramento após o uso. O paciente 6, apresentou 5 sangramentos em articulação alvo (cotovelo E) antes da terapia e após, teve um sangramento articular em Cotovelo E, em outro momento, referiu dor em Tornozelo E que depois de realizar ressonância não evidenciou sangramento, apenas artropatia crônica.O paciente 7, apresentou dois sangramentos articulares em (Cotovelo E) antes da nova terapia, após a nova terapia apresentou um sangramento traumático em Joelho E, após atividade física. O paciente 8, apresentou um sangramento articular em ombro E antes da nova terapia e após a nova não apresentou nenhum sangramento
DiscussãoA taxas de sangramento antes eram em média de 2,5 sangramentos e mediana de 2. Após a nova terapia essas taxas ficaram em média de 0,33 com mediana de 0.Havendo assim,uma redução na taxa de sangramento e consequentemente trazendo benefícios na qualidade de vida desses pacientes
Conclusãoa terapia vem sendo considerada exitosa como modalidade de profilaxia havendo uma diminuição dos índices da taxa de sangramento após a mudança terapêutica.