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Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S681 (Outubro 2022)
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ANÁLISE DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA CELULAR EM IDOSOS APÓS VACINAÇÃO COM CORONAVAC
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MS Rezende, NL Silva, JA Oliveira, DN Silva, DMD Santos, JTCD Santos, AAS Araújo, PRS Martins-Filho, LJ Quintans-Júnior, DM Schimieguel
Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE, Brasil
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Objetivos

A COVID-19 é uma doença infecciosa, onde a maioria dos infectados desenvolve quadros leves, no entanto, idosos e indivíduos com comorbidades estão relacionados aos casos mais graves. A fim de conter a propagação da doença, foram desenvolvidas vacinas com a finalidade de indução de memória imunológica. Entretanto, estudos sobre a efetividade da imunização em idosos ainda são escassos e não se sabe exatamente como será o comportamento nessa população. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi avaliar esta resposta imune celular em idosos de Instituições de Longa Permanência (ILPS) no estado de Sergipe, Brasil, induzida pela vacina CoronaVac.

Material e Métodos

Este estudo prospectivo foi realizado com idosos (grupo idosos-GI) e profissionais (grupo controle-GC) de ILPS. Todos receberam a vacina CoronaVac e as análises foram feitas 30 dias após a administração da segunda dose da vacina. Respeitando-se os aspectos éticos e legais, os participantes foram submetidos a um questionário estruturado, e foram coletadas amostras de sangue periférico para análise das populações de linfócitos T CD4+ e CD8+ e os subtipos de memória que foram avaliados por citometria de fluxo multiparamétrica.

Resultados

Foram avaliados 28 indivíduos, sendo 23 idosos (GI) e cinco profissionais (GC). No GI, nove eram do sexo feminino e 14 do masculino, com médias de idade 81,6 (67‒89) e 74,1 (64‒89), respectivamente. O grupo GC foi composto por duas mulheres e três homens, e as médias de idades foram de 36,5 (24 e 49) para as mulheres e 45,0 (30‒64) para os homens. Foi observado aumento da expressão dos linfócitos TCD3+ e TCD4+ nos idosos vacinados (p=0,0010 e p=0,0383) em comparação ao GC. Os idosos também apresentaram aumento de LTCD4+ e LTCD8+, ambos de memória efetora (CD45RA-CCR7-) demonstrando p=0,0471 e 0,0138, respectivamente. Avaliando as diferenças entre os sexos dos idosos, observou-se que os homens apresentaram aumento no número total de LTCD8+ (p=0,0464) e LTCD8+ de memória efetora (p=0,0199); e diminuição nos LTCD4+ de memória central (CD45RA-CCR7+) quando comparados com as mulheres (p= 0,0440).

Discussão

Apesar de todos os avanços no controle da doença e melhoria nos desfechos dos pacientes mais graves, inúmeras questões ainda permanecem sem resposta: As vacinas conferem a mesma proteção da infecção ou são fatores sinérgicos? Idosos apresentam a mesma resposta aos imunizantes que os jovens? Nas infecções por SARS-CoV-2, as respostas dos LT são detectadas em quase todos os casos, sendo as respostas das LT CD4+ mais proeminentes do que as respostas dos LT CD8+. Diferentemente das situações relatadas após a infeção pelo SARS-CoV-2, avaliando a resposta ao imunizante CoronaVac, o presente trabalho demonstrou que idosos apresentaram maior produção de LTCD4+ quando comparados aos jovens. Entretanto, apesar de os LTCD8+ não terem respostas diferentes entre os grupos (idosos e jovens), apresentaram maior resposta nos idosos do sexo masculino.

Conclusão

Neste trabalho, foi observado que os homens parecem apresentar memória efetora rápida maior que das mulheres, entretanto, as mulheres apresentaram memória central maior, sugerindo imunidade prologada maior nas mulheres idosas do que nos homens.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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