Objetivos: Descrever e analisar a produção científica brasileira nos últimos cinco anos. Material e métodos: Estudo do tipo revisão integrativa da literatura. A coleta de dados foi realizada através de busca nas bases de dados: MEDLINE, BDENF e LILACS, com os descritores controlados: Transfusão de Sangue OR Serviço de Hemoterapia OR Segurança do Sangue, entre os anos de 2015 a 2020. Destes, foram selecionados aqueles que estavam disponíveis na íntegra, tinham idioma em português e aqueles que se enquadravam ao objetivo deste trabalho. Foram encontrados 13 estudos. Resultados: Destes estudos, 15% eram teses e 85% eram artigos científicos; quanto ao tipo de estudo, 8% era revisão de literatura e 92% pesquisa quantitativa. O local de estudo foi 8% em serviço privado e 92% em serviço público. Quase todas as regiões do país possuíam produção na área, exceto a Região Norte. Quanto à temática abordada, 15% envolviam cuidados em paciente pediátrico; 46% avaliavam o conhecimento da equipe sobre hemotransfusão; 31% avaliavam esses cuidados durante a prática assistencial; 8% investigava as reações transfusionais e 15% tratavam da validação de checklist para transfusão sanguínea. Discussão: Observou-se a inclusão das atividades de intervenção NIC Administração de Hemoderivados como instrumento para avaliar a administração segura dos hemocomponentes, dando ênfase à Sistematização de Assistência de Enfermagem. A prática de utilização de checklist foi uma estratégia estudada, que é capaz de abranger pontos desde a avaliação do uso de termo de consentimento informado, transporte do hemocomponente até cuidados após a transfusão. Este é um importante método para mensurar a eficácia dos cuidados através de indicadores de qualidade. Quando avaliado o conhecimento dos profissionais sobre o tema, estes sabiam da dos procedimentos indispensáveis, porém muitas vezes não executavam esses cuidados no dia a dia. A inexistência de treinamento para a equipe em algumas instituições. Ao avaliar a prática de hemotransfusão, foram observadas falhas nos registros, ausência de verificação de sinais vitais, tempo transcorrido entre o recebimento e administração dos hemocomponentes inadequado, falhas na conferência da bolsa recebida, ausência de supervisão durante os primeiros 10-15 minutos de infusão, pouca vigilância e conhecimento dos cuidados e complicações do paciente após a transfusão, subnotificação das reações transfusionais. As reações mais relatadas foram: reação febril não hemolítica leve e reação alérgica. As estratégias propostas para melhorias na assistência foram a necessidade de uma gestão de ações de hemovigilância, a implantação da ficha transfusional como item obrigatório no prontuário, o uso de checklist, conforme já citado, além de treinamentos para a equipe. Conclusão: Ao realizar esta revisão, conclui-se que ainda são necessários mais estudos que avaliem as caracterizem as realidades de cada região do país na administração de hemocomponentes, além de estudos em serviços da rede privada. É importante também o desenvolvimento se pesquisas que tenham como objeto de estudo a assistência a pacientes onco-hematológicos. Sugere-se ainda o desenvolvimento de estudos que avaliem os fatores que estão relacionados ao cumprimento ou não das etapas do cuidado na administração dos hemocomponentes pelos profissionais de saúde. Palavras-chave: Transfusão de sangue; Serviço de hemoterapia; Segurança do sangue.
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Vol. 42. Núm. S2.
Páginas 18 (novembro 2020)
Vol. 42. Núm. S2.
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ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA SOBRE ADMINISTRAÇÃO DE HEMOCOMPONENTES
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