
A transfusão de plaquetas é crucial para recém-nascidos prematuros com trombocitopenia, uma condição que pode levar a hemorragias graves. As indicações para transfusão variam conforme a contagem de plaquetas e o estado clínico do paciente. Embora alguns estudos evidenciem benefícios claros, outros apontam para riscos, como infecções. Assim, uma investigação mais aprofundada e uma análise rigorosa são necessárias para aprimorar as práticas clínicas e garantir a segurança e eficácia da intervenção.
ObjetivoEste estudo visa analisar a eficácia da transfusão de plaquetas em recém-nascidos, avaliando a melhora clínica pós-transfusão, a incidência de complicações hemorrágicas e os desfechos.
Materiais e métodosFoi realizada uma análise do hemograma, focando na contagem de plaquetas pré e pós-transfusão em recém-nascidos. Foram analisados 4 pacientes que totalizaram 43 transfusões ao longo de 6 meses.
ResultadosRN 1: Prematuro com 34 semanas, diagnóstico de trissomia 18 e cardiopatia congênita. Contagem inicial de plaquetas: 19.000, aumentando para 60.000 após transfusão. A contagem caiu para 7.000 em uma semana, exigindo transfusões frequentes a cada 12 horas, entretanto RN foi à óbito devido a complicações cardiológicas. RN 2: Prematuro com 38 semanas e cardiopatia congênita. Contagem inicial de plaquetas: 255.000, reduzida para 22.000 antes da transfusão, subiu para 155.000, mas caiu novamente, exigindo múltiplas transfusões a cada 12 horas, teve uma estabilidade nas plaquetas subindo para 175.000, entretanto também foi à óbito devido a complicações cardiológicas durante tentativa de saída da ECMO. RN 3: Prematuro com 27 semanas, diagnóstico de sepse precoce e síndrome da angústia respiratória. Contagem inicial de plaquetas: 4.000, subiu para 49.000 após transfusão, sem necessidade de novas transfusões. RN 4: Prematuro com trissomia 21 e cardiopatia congênita. Contagem inicial de plaquetas: 24.000, caiu para 15.000 antes da transfusão e subiu para 57.000 após a intervenção, sem necessidade de novas transfusões.
DiscussãoA transfusão de plaquetas é essencial para prevenir e tratar complicações hemorrágicas em recém-nascidos prematuros com trombocitopenia. O estudo, que envolveu quatro recém-nascidos e 43 transfusões, revelou variações na eficácia da intervenção. RN 1 necessitou de transfusões frequentes devido à recuperação plaquetária instável, RN 2 teve flutuações rápidas nos níveis de plaquetas, RN 3 respondeu bem com uma única transfusão, e RN 4 teve uma resposta inicial positiva, mas exigiu monitoramento contínuo. Os resultados destacam a eficácia geral da transfusão, mas também a necessidade de monitoramento individualizado e consideração de riscos como infecções e reações adversas.
ConclusãoA transfusão de plaquetas é crucial para recém-nascidos com trombocitopenia e, embora geralmente eficaz, a resposta pode variar conforme o diagnóstico e condições individuais. A análise detalhada e a adaptação dos protocolos são essenciais para otimizar os resultados clínicos e assegurar a segurança dos pacientes neonatais.