
Por se tratar de doença rara, de causas desconhecidas e de difícil diagnóstico, relatamos esse caso tratado no HRC de Passos. Esse foi o primeiro caso de amiloidose localizada (AL), em nosso serviço, e foi um desafio diagnosticar e definir o tratamento.
Materiais e métodosFizemos revisão de prontuário do paciente JCA, 78 anos, previamente hipertenso, submetido à TC de crânio para investigação de episódio de confusão mental. TC com lesão expansiva de 5,9 x 3,7 cm acometendo palato e septo nasal. Biópsia de palato revela coloração de vermelho congo sob luz polarizada. TC torax e abdome sem alterações. Biópsia de medula óssea sem alterações. Hemograma, função renal, fator reumatoide provas inflamatórias, beta 2 microglobulina, eletroforese de proteínas, dosagens de IgM, IgG, IgA e relação de cadeias leves livres normais.
DiscussãoDiante dos achados, definido como AL, em sítio incomum, com proposta de tratamento localizado. Discutido com cirurgia de cabeça de pescoço e diante do tamanho da lesão, optado por tratamento com radioterapia (15 x 2,0 Gy).
ConclusãoA amiloidose é uma doença desafiadora quanto ao diagnóstico e tratamento e sua classificação é essencial na conduta. A AL pode ser tratada com cirurgia ou radioterapia, devendo optar pelo menos agressivos e de menor efeito colateral. É importante a discussão do caso entre as especialidades e foi determinante no caso.