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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S142-S143 (outubro 2024)
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ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS NA DENGUE: REVISÃO DE ESTUDOS NO CONTEXTO BRASILEIRO
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606
WJ Santosa, FLO Limab, RJ Santosa
a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santana, BA, Brasil
b Faculdade da Região Sisaleira, Conceição do Coité, BA, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Objetivo

Este estudo visa descrever as principais alterações hematológicas associadas à dengue, com foco em casos registrados no Brasil.

Introdução

A dengue é uma doença viral causada pelo vírus da dengue e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. É endêmica em regiões tropicais e subtropicais, incluindo o Brasil, onde representa um problema significativo de saúde pública. Os principais tipos de alterações hematológicas associadas à dengue incluem leucopenia, linfopenia, plaquetopenia e manifestações hemorrágicas, especialmente em casos de dengue hemorrágica. Essas alterações podem levar a complicações graves, como choque hemorrágico e falência de múltiplos órgãos, tornando essencial seu diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Material e métodos

Realizou-se uma revisão de literatura com artigos científicos obtidos nas bases de dados SciELO e BVS, abrangendo estudos publicados entre 2014 a 2024. Foram utilizados descritores como “Dengue”, “Hematologia” e “Dengue Hemorrágica”. A análise focou-se em estudos conduzidos no Brasil, onde a dengue é uma das arboviroses mais prevalentes.

Resultados

A análise dos estudos revelou que as alterações hematológicas são comuns em pacientes com dengue. Um estudo realizado no estado do Rio de Janeiro analisou 56 casos confirmados de dengue hemorrágica, encontrando que 82% dos pacientes apresentaram plaquetopenia severa, com plaquetas abaixo de 100.000/mm3. Em Fortaleza, Ceará, 49 pacientes com dengue hemorrágica foram acompanhados, e observou-se uma queda significativa na contagem de plaquetas no início da infecção, com recuperação gradual após tratamento adequado. Em outro estudo realizado em Recife, Pernambuco, com 658 pacientes, 29,4% foram classificados com dengue hemorrágica, com significativa leucopenia e trombocitopenia. Além disso, uma pesquisa em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, com 543 pacientes durante uma epidemia de dengue, mostrou que 68,3% apresentaram leucopenia e 66,5% trombocitopenia, sendo estas alterações mais graves em pacientes com dengue hemorrágica.

Discussão

A análise dos estudos sugere que as alterações hematológicas na dengue são marcadores importantes da gravidade da doença. A presença de plaquetopenia severa, linfopenia e leucopenia pode indicar um risco aumentado de desenvolvimento de complicações hemorrágicas e falência de órgãos. A identificação precoce dessas alterações é crucial para guiar o manejo clínico e evitar desfechos fatais. Além disso, os achados ressaltam a importância de vigilância laboratorial contínua durante surtos de dengue, especialmente em áreas endêmicas.

Conclusão

As alterações hematológicas, como leucopenia, linfopenia e plaquetopenia, são fundamentais para o diagnóstico precoce da dengue e prevenção da progressão para formas mais graves da doença, como a dengue hemorrágica. Esses achados destacam a necessidade de atenção clínica redobrada e tratamento rápido em casos de dengue, para mitigar os riscos de complicações graves.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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