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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2234
Acesso de texto completo
ALOIMUNIZAÇÃO POR ANTI-A₁ EM PACIENTE PEDIÁTRICO EM SÃO LUÍS - MA: RELATO DE CASO
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AM Ribeiroa, EL Lopesa, MAV Figueiredoa, GS Mendesa, TDL Santosa, GS Serejoa, NIM Tavaresa, GSO Limab, JPL Amorimc
a Grupo GSH, São Luis, MA, Brasil
b Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
c Grupo GSH, Brasília, DF, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A aloimunização por anti-A₁ é rara, mas clinicamente relevante, com produção de anticorpos contra o antígeno A₁ em indivíduos do subgrupo A₂, que não o expressam (DAS; BISWAS; SAFI, 2021). Em alguns casos, o anticorpo pode se tornar clinicamente significativo, interferindo em testes pré-transfusionais, causando reações hemolíticas e dificultando a escolha de hemocomponentes compatíveis.

Descrição do caso

Relatar caso de aloimunização por anti-A₁ em criança submetida a múltiplas transfusões, ressaltando desafios laboratoriais e condutas clínicas. Tipagem inicial A RhD positivo, fenotipagem C-, c+, E+, e+, K-, PAI negativa. Até dezembro, recebeu 9 transfusões com hemácias A, sem intercorrências. Em 17/12/2024, testes indicaram incompatibilidade com hemácias A RhD positivo, Coombs direto positivo e PAI negativa. A amostra foi encaminhada ao laboratório de referência em Recife/PE, onde se identificou aloanticorpo anti-A₁ no eluato. A partir de então, recebeu transfusões com hemácias do grupo O RhD positivo, sem eventos adversos. Em 22/01/2025, as provas de compatibilidade com hemácias A voltaram a ser negativas. No total, recebeu 30 transfusões: 9 do grupo A e 21 do grupo O.

Conclusão

O anti-A₁ é mais prevalente nos subgrupos A₂ (1–8%) e A₂B (até 35%) e pode surgir após exposições como transfusões ou gestação (DAS; BISWAS; SAFI, 2021). Embora geralmente natural (IgM) e reativo a baixas temperaturas, há relatos de reatividade a 37°C, o que o torna clinicamente significativo (FLEGEL; HENRY, 2018). Casos raros em pacientes A₁ sugerem envolvimento de fatores como infecções, neoplasias ou distúrbios autoimunes (CONTRERAS; HAZLEHURST; ARMITAGE, 1983). Neste relato, a transfusão com hemácias O foi adequada, e a negativação posterior do anticorpo sugere processo autoimune transitório. A conduta transfusional individualizada é essencial, sobretudo em pacientes imunocomprometidos (TEIXEIRA et al., 2024). Casos como este reforçam a importância da vigilância transfusional e da qualificação das equipes para reconhecer anticorpos raros. A conduta adotada evitou reações hemolíticas e garantiu segurança ao paciente, evidenciando a necessidade de investigação minuciosa diante de discrepâncias imuno-hematológicas.

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Referências:

  • Contreras M, Hazlehurst GR, Armitage SE. Development of auto-anti-A1 antibodies following alloimmunization in an A2 recipient. Br J Haematol. [S. l.], v. 55, n. 4, p. 657–663, 1983.

  • Das SS, Biswas RN, Safi M. “Auto-anti-A1” in a healthy young blood donor: a rare cause of ABO discrepancy. Asian J Transfus Sci, [S. l.], v. 15, n. 1, p. 87–89, 2021.

  • Flegel WA, Henry SM. Acute hemolytic transfusion reaction due to a warm reactive anti-A1. Transfusion, [S. l.], v. 58, n. 12, p. 3036–3037, 2018.

  • Teixeira PDS, et al. Aloimunização por anti-A1: relato de caso. Hematol Transfus Cell Ther, [S. l.], v. 46, supl. 4, p. S797, 2024.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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