Objetivos: Em meio à pandemia de COVID-19, a Liga Acadêmica de Hematologia de Pernambuco (LAHEPE) enfrentou desafios para seguir seu cronograma de atividades, tendo a necessidade de adaptação ao contexto de exceção, com o objetivo de garantir a segurança de seus ligantes. Este é um relato da experiência de como uma liga acadêmica pode se reinventar e manter em atividade respeitando o isolamento social. Resultados: Desde o mês de março de 2020, a LAHEPE teve suas atividades presenciais interrompidas devido à pandemia de COVID-19. Os ligantes tiveram que se ausentar dos ambulatórios de hematologia do Centro de Oncologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, visto que o mesmo se tornou referência para o atendimento de casos de COVID-19 na cidade de Recife – PE. A partir de então, foram criadas formas de manter as atividades acadêmicas. As videoconferências por meio de aplicativos da web permitiram realizar reuniões para organizar as atividades dos membros e para a realização de aulas sobre temas da hematologia clínica e pediátrica, com seguimento do cronograma de atividades. Além disso, foram selecionados artigos recentes sobre relatos de casos da área para serem debatidos em grupo, como um clube de revista. Os projetos de extensão sobre anemia e doação de medula óssea foram realizados por meio de postagens nas mídias sociais, apresentando um engajamento significativo, além de interação do público, que pode tirar dúvidas e participar de questionários sobre os temas. Para dar seguimento aos projetos de pesquisa, foram utilizados formulários eletrônicos, com o fim de coletar dados epidemiológicos, bem como caracterizar o perfil do conhecimento dos estudantes de medicina acerca da doação de medula óssea, possibilitando a utilização dessas informações para composição de um estudo epidemiológico. Discussão: Frente à atual pandemia, universidades em todo o mundo adiaram ou cancelaram seus eventos presenciais, tomando medidas intensivas para prevenir e proteger os alunos e funcionários do Coronavírus. Embora compreendam a gravidade da pandemia, dentre as grandes frustrações dos que tiveram suas atividades acadêmicas interrompidas incluem sentir-se improdutivos e menos ativos. Em todo o mundo, professores e alunos tiveram que adaptar-se à plataformas on-line para realização de suas atividades acadêmicas durante este momento extremamente difícil. Dessa maneira, a LAHEPE conseguiu manter-se ativa e seguir com seu cronograma de atividades, priorizando o isolamento social e a saúde mental dos ligantes. Para tanto, foi necessário realizar modificações e nos meios de comunicação, cancelando as atividades presenciais e fazendo uso de meios digitais. Mesmo com as atividades ambulatoriais suspensas, foi possível manter o aprendizado sobre a hematologia, que, no contexto, mostrou-se uma fonte importante de conhecimento sobre as complicações do COVID-19. Assim, as ferramentas como videoconferências e mídias sociais permitiram a atualização e aprendizado, mantendo o tripé ensino, pesquisa e extensão. Além de incentivar a produtividade dos ligantes, a LAHEPE foi um espaço de acolhimento em uma época de incertezas, impactando positivamente na saúde mental. Conclusão: É possível a adaptação das ligas acadêmicas às demandas do isolamento social ocasionado pela pandemia, flexibilizando suas atividades, ajustando-se às ferramentas tecnológicas e, por conseguinte, proporcionando o contato social, a saúde mental e a produtividade dos acadêmicos.
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