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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1234-S1235 (outubro 2024)
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A INFLUÊNCIA DOS POLIMORFISMOS DO GENE RECEPTOR DA VITAMINA D NA PROGRESSÃO DA COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA
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ACB Freitasa, NP Rodriguesb,c
a Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, PA, Brasil
b Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém, PA, Brasil
c Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (HEMOPA), Belém, PA, Brasil
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HEMO 2024

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Introdução/objetivo

Durante a pandemia de COVID-19 discutiu-se quais aspectos poderiam estar associados a diferenças na aquisição e evolução da doença. O sexo, a idade avançada, o estilo de vida, a presença de comorbidades e as variações na herança genéticas foram os principais fatores relacionados com a predisposição ao desenvolvimento de sintomas graves. Além desses, a deficiência de vitamina D também surgiu como um potencial fator de risco para a infecção. A vitamina D atua na regulação do sistema imunológico e sua ação é mediada através do Receptor de Vitamina D (VDR), que é expresso em praticamente todas as células do sistema imune. Já foram descritos mais de 63 polimorfismos no gene VDR que parecem alterar a função do receptor e contribuir para a vulnerabilidade ou resistência a diversas infecções virais e bacterianas. Considerando que as variações genéticas desempenharam um papel crucial na evolução da COVID-19, o objetivo do estudo foi descrever os principais resultados acerca da influência dos Polimorfismos de Nucleotídeo Único (SNPs) do gene VDR na progressão da COVID-19.

Material e métodos

O roteiro para a revisão se baseou no fluxograma PRISMA 2020. Três bases de dados foram pesquisadas (PubMed Central, Web of Science e Scopus) e 96 trabalhos identificados. Os termos usados foram: VDR, Polymorphism, COVID-19. Excluíram-se artigos duplicados, de revisão e letters. A triagem seguiu pela leitura do título, resumo e remoção dos trabalhos que não abordavam os quatro polimorfismos procurados (FokI, BsmI, TaqI e ApaI). Após a pesquisa e leitura do texto completo, 16 estudos foram incluídos na revisão.

Resultados/Discussão

Dos quatro SNPs buscados, FokI foi analisado na maioria dos estudos (81,25%) e os principais achados mostram o genótipo Ff e o alelo f associado à maior probabilidade de infecção e gravidade da COVID-19. A presença do alelo f codifica um VDR maior, o que diminui sua atividade transcricional, resultando em uma menor funcionalidade do receptor. Em relação ao TaqI (75%), o genótipo tt e o alelo t foram relacionados à gravidade e mortalidade da doença. BsmI (43,75%) e ApaI (50%) não foram associados à COVID-19 na maioria dos estudos. Os polimorfismos TaqI, BsmI e ApaI não alteram a estrutura e a atividade do VDR, mas estão relacionados à estabilidade do mRNA e a alterações nos sítios de splicing.

Conclusão

Os resultados indicam que os polimorfismos do gene VDR podem ter influenciado na susceptibilidade e gravidade da COVID-19. No entanto, estudos adicionais, com maior número amostral e diferentes populações seriam necessários para melhor compreender e validar os dados apresentados.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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