Compartilhar
Informação da revista
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1099-S1100 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1099-S1100 (outubro 2024)
Acesso de texto completo
A IMPORT NCIA DE BIOMARCADORES PARA DIAGNÓSTICO PRECOCE DE MIELOMA MÚLTIPLO
Visitas
334
MA Simões, EG Martins, TT Monteiro, RFP Filho, KSF Araújo, GS Nobre, VD Porto, IS Sousa, RGM Araújo, LC Tavares
Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Fortaleza, CE, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

Mais dados
Objetivos

O presente estudo tem como objetivo analisar a relevância dos biomarcadores no manejo do mieloma múltiplo,com a finalidade de aprimorar o diagnóstico precoce e, por conseguinte, otimizar o prognóstico dos pacientes, possibilitando intervenções terapêuticas mais eficazes.

Metodologia

Nesta revisão literária, foi conduzida uma análise de 3 artigos publicados no Pubmed. Esses artigos, datados entre 2016 e 2023, foram identificados usando as palavras chaves: “Biomarcadores”, “Mieloma Múltiplo”, “Prognóstico”.

Resultados

O mieloma múltiplo é uma malignidade hematológica caracterizada pela presença de células plasmáticas clonais anormais na medula óssea, com potencial para crescimento descontrolado, causando lesões ósseas destrutivas, lesão renal, anemia e hipercalcemia; quando detectada em um estágio inicial, essa neoplasia pode se apresentar não só com um melhor prognóstico para o paciente, como também uma melhor qualidade de vida, uma vez que existe maior disponibilidade de terapias menos tóxicas e mais eficazes, as quais ajudam no controle dos sintomas supracitados, antes que se tornem graves e debilitantes. Nesse viés, destaca-se que, em conjunto com a utilização de biomarcadores convencionais, tais quais a porcentagem de células plasmáticas na medula óssea, eletroforese de proteína sérica para banda M e proteína de Bence-Jones urinária, vem sendo utilizados e desenvolvidos novos biomarcadores potencialmente promissores, capazes de demonstrar a heterogeneidade espacial e temporal do mieloma múltiplo. Sob essa perspectiva, é possível elencar células tumorais circulantes (CTCs) e DNA tumoral circulante (ctDNA) - indicadores de carga tumoral e progressão da doença, além de configurar monitoramento não invasivo da carga tumoral e evolução clonal -, ensaios de Cadeias Leves Livres no soro (razão CLL se mostra sensível para a detecção precoce da doença e monitoramento da resposta ao tratamento), plasmocitose medular clonal, biomarcadores imunológicos PD-L1 e perfil de células T, biomarcadores de imagem PET/CT e RM entre outros.

Discussão

A importância de biomarcadores para o diagnóstico precoce de mieloma múltiplo (MM) é destacada pela complexidade genética da doença, caracterizada por alterações cromossômicas heterogêneas e mutações em diversos genes. Essa variabilidade genética não só dificulta o tratamento, mas também é crucial para o desenvolvimento de novos biomarcadores. Recentemente, três novos biomarcadores específicos foram identificados (plasmocitose medular clonal ≥60%, razão das CLL séricas ≥100 e mais de uma lesão focal na RMN). Devido ao elevado risco de progressão e desenvolvimento de complicações, pacientes que apresentam esses biomarcadores agora recebem o mesmo tratamento que aqueles com sintomas clínicos de MM, sendo classificados como portadores de MM ativo. Desse modo, é possibilitado o início do tratamento antes que ocorram danos significativos aos órgãos, o que potencialmente melhora o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes.

Conclusão

O mieloma múltiplo ainda não possui cura, contudo, seu tratamento melhora consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes. Portanto, a fim de auxiliar no diagnóstico precoce da doença e iniciar a terapêutica com antecedência, mostra-se essencial o desenvolvimento de novos biomarcadores, permitindo uma melhor previsão do mieloma múltiplo.

O texto completo está disponível em PDF
Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas