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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S300-S301 (Outubro 2023)
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A ANÁLISE DE SOBREVIDA DE PACIENTES PORTADORES DE LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA PROVENIENTES DE UM HOSPITAL PÚBLICO, NA CIDADE DE FORTALEZA, CEARÁ
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RB Gadelhaa, BMD Nogueiraa, FMCP Pessoaa, AKC Machadoa, IV Barretoa, RM Ribeirob, GS Lopesc, MEA Moraesa, MOM Filhoa, CA Moreir-Nunesa
a Laboratório de Farmacogenética, Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil
b Departamento de Hematologia, Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Fortaleza, CE, Brasil
c Departamento de Hematologia, Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), Fortaleza, CE, Brasil
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HEMO 2023

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Objetivos

A classificação da leucemia mieloide aguda (LMA) é baseada principalmente nas alterações citogenéticas; Sua classificação é necessária para uma estratificação de risco, o que, por sua vez, desempenha um papel relevante no prognóstico e em decisões de tratamento. Este estudo avalia juntamente com dados de cariótipos o desfecho clínico de pacientes portadores de LMA.

Materiais e métodos

Um estudo prospectivo foi conduzido com a coleta de prontuários de 77 pacientes adultos, oriundos do estado do Ceará, atendidos no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) entre Janeiro/2022 e Julho/2023. Todos tiveram seus dados clínicos e de cariótipos analisados e estratificados de acordo com a Organização Mundial de Saúde. A análise ocorreu após autorização obtida via Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para análise estatística foi aplicado o teste de sobrevida de Kaplan-Meier aceitando o nível de significância de 95% (p < 0,05).

Resultados

Um total de 77 pacientes diagnosticados com LMA foram incluídos no estudo no período de um ano e sete meses. O estudo englobou pacientes adultos com idade de 17 a 96 anos, apresentando uma média de 50,11 anos de idade. Dentre esses pacientes, 8 (10,39%) estão classificados como risco favorável, 54 (70,12%) como risco intermediário e 15 (19,49%) com risco adverso. Avaliando o total de pacientes, 27 (35,07%) evoluíram ao óbito e 50 (64,93%) permanecem vivos até o fechamento do presente trabalho. Dos pacientes que evoluíram a óbito, 2 (7,4%) são classificados como risco favorável, 17 (62,97%) como risco intermediário e 8 (29,63%) como risco adverso. O teste estatístico de Kaplan-Meier para análise de sobrevida foi aplicado, porém, não foi observado diferença estatística na sobrevida (p = 0,3316) dos pacientes de acordo com a classificação de risco.

Discussão

A proporção de casos em indivíduos acima de 50 anos diagnosticados com LMA foi de 54,5%, o que está de acordo com a incidência esperada para essa faixa etária. A classificação de risco da LMA pode ser dividida em três categorias: favorável, intermediária ou adversa, a depender das alterações citogenéticas presentes. Alterações presentes no cariótipo, podem conferir bom ou mau prognóstico. As alterações citogenéticas recorrentes e seus respectivos prognósticos são as seguintes: favorável: PML ::RARA, intermediário/adverso para FLT3 a depender da razão alélica do gene, sendo sua presença relatada em 1 a cada 3 pacientes com LMA. A presença do gene quimérico BCR ::ABL embora não seja tão comum na LMA, quando presente, revela-se de caráter adverso. Existem alguns fatores que podem estar associados a um desfecho clínico ruim como, idade superior a 59 anos ou condições médicas coexistentes, assim como fatores específicos da doença que incluem leucocitose, marcadores imunofenotípicos, infiltração medular ou extramedular. Porém a grande problemática ocorre na presença de cariótipos complexos e mutações em subconjuntos de genes associados.

Conclusão

Os resultados do presente estudo indicam que a taxa de sobrevida dos pacientes pode não estar diretamente associada somente à classificação de risco e além de não parecer ter correlação com o desfecho clínico além do mais a presença de outros fatores pode interferir nesse resultado.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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