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Vol. 44. Issue S2.
Pages S480-S481 (October 2022)
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PREVALÊNCIAS FENOTÍPICAS DOS SISTEMAS RH E KELL EM HEMOCOMPONENTES RECEBIDOS EM AGÊNCIA TRANSFUSIONAL
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GRL Feitosaa, GA Silvaa, LKBA Santosa, MCFD Santosb, MFLD Santosb, RDA Soaresa,b, TMM Oliveirab
a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, RN, Brasil
b Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), Natal,RN, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Introdução

Um dos riscos relacionados à transfusão de sangue é a formação de anticorpos contra um ou mais antígenos eritrocitários resultantes de incompatibilidades genéticas entre doador e receptor. Para mais, a fenotipagem sanguínea é essencial para a determinação da presença ou ausência de antígenos eritrocitários na membrana da hemácia. Nessa lógica, como forma de fornecer um menor risco de aloimunização em pacientes politransfundidos, a fenotipagem para os sistemas Rh e Kell do paciente e das bolsas de sangue a serem transfundidas é feita. Logo, visa diminuir as possíveis reações hemolíticas transfusionais provocadas pelo sistema Rh e Kell em pacientes politransfundidos a fim de fornecer uma terapia transfusional compatível.

Objetivo

Determinar a frequência dos antígenos mais imunogênicos presentes em concentrado de hemácias desleucocitados, com o intuito de reduzir os riscos de aloimunizaçãoeritrocitária em pacientes politransfundidos.

Material e métodos

Foram analisadas 350 bolsas desleucocitadas enviadas à Unidade Transfusional do Hospital Universitário Onofre Lopes no período entre janeiro a junho de 2022. As hemácias foram testadas para a determinação fenotípica dos principais antígenos eritrocitários dos sistemas Rh (D,C,c,E,e) e Kell (K1), por meio da metodologia de aglutinação em coluna gel teste (Diamed Ag, Morat, Switzerland) utilizando cartões com anticorpos monoclonais. RESULTADO: Dentre os 350 concentrado de hemácias desleucocitadas, 94,86% apresentaram positividade do antígeno D. O antígeno “e”demonstrou ser bem frequente, com 96,29% de positivos. Além disso, o antígeno E apontou 22,29%, sendo menos comum; O antígeno “c”representou 80,86% e o antígeno C, 67,14% da amostragem.No ensaio, as frequências do fenótipo K1 mostraram baixa frequência em relação a outros presentes no sistema Rh, com apenas com apenas 4,29% das bolsas analisadas. Ademais, o fenótipo mais frequente foi o R1r (DCe/dce) com 36,57% do total analisado, seguido de R1R1 (DCe/DCe) com 18%; O fenótipo R2r (DcE/dce) se mostrou com 12,86% e o R0r (Dce/dce) com 13,14%, acompanhado do fenótipo R1R2 (DCe/DcE) com 9,43%.Os menores índices foram dos fenótipos R2R2 (DcE/ DcE) com 4,29%, o fenótipo rr (ccd/dee), assim como o r'r (Ccd/dee) com 1,43% e, o índice mais baixo, o RzR1 com 0,5714%).

Discussão

A partir dessa análise, foi evidenciada a importância de ser fenotipado o maior número possível de hemácias recebidas. A alta frequência do antígeno D também é relatada em doadores de sangue de outras cidades nordestinas: Teresina/Picos-PI e Crato-CE (94,92%). Mas, em análises feitas no sul do Brasil, por exemplo, em Santa Maria/RS, esse número cai, (54,18%). Os resultados referentes ao sistema Kell, onde 95,71% foram negativos, coincide ao descrito na literatura. Em relação aos fenótipos, também em coerência com a literatura, temos os fenótipos R1r, R1R1, R2r e o R0r com as maiores prevalências. Isso pode ser explicado pela descendência e miscigenação da população brasileira, onde temos genótipos caucasianos, asiáticos e afrodescendentes.

Conclusão

Assim, devido ao risco associado às transfusões crônicas, tem-se buscado reduzir as reações mediadas pelos anticorpos mais imunogênicos e a fenotipagem eritrocitária é essencial também nessa confirmação. Dessa forma, a transfusão de concentrado de hemácias desleucocitado com fenótipo compatível para os antígenos Rh (C, E, c), e Kell (K1) devem ser recomendadas para o grupo de pacientes politransfundidos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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