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Vol. 44. Issue S2.
Pages S411 (October 2022)
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PESQUISA DE PACIENTES ONCOLÓGICOS COM ANTICORPOS IRREGULATES POSITIVOS
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SMG Queiroza,b, JJD Santosa,c, VC Santosa,b, GS Cruza,b, GS Santannab, LTC Silvab, CM Santosb, BPJS Sant'annaa
a Unidade Transfusional, Hospital Universitário de Sergipe – EBSERH, Aracaju, SE, Brasil
b Grupo de Pesquisa em Hematologia, Imunologia e Medicina Transfusional (GHIMT), Aracaju, SE, Brasil
c Programa de Residência Multiprofissional do Hospital Universitário de Sergipe, Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, SE, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Introdução

A medicina transfusional foi um dos campos da Hematologia que teve grandes avanços no conhecimento nas últimas décadas. Parte desse novo conhecimento permitiu o desenvolvimento e progresso de outras áreas da Medicina, como é evidente na Medicina de Transplantes e Oncologia. Dentre os pacientes oncológicos muitos requerem terapia transfusional, em algum momento do acompanhamento, seja devido a procedimentos cirúrgicos, seja por causa da própria terapia antineoplásica, que pode ocasionar significativas citopenias. Anticorpos irregulares não são infrequentes nessa população podendo provocar dificuldades na compatibilização de hemocomponentes e eventos adversos transfusionais. Dessa forma, foi proposto se avaliar em hospital terciário a prevalência de anticorpos irregulares em pacientes oncológicos para os quais foram solicitados hemotransfusão.

Metodologia

Foram realizadas buscas em arquivos das solicitações de hemocomponentes desde 05/2019 até 07/2022 da Unidade Transfusional do Hospital Universitário de Sergipe, em que o receptor possuía diagnóstico de malignidades. Os dados foram compilados em planilha eletrônica. Relatou-se dados de estatísticas descritivas e os cálculos estatísticos foram realizados por meio do BIOESTAT®.

Resultados

No período referido foram realizados 496 testes de pesquisa de anticorpos irregulares (PAI) em pacientes com diagnóstico de neoplasia com solicitação de hemocomponentes. Nesse grupo ocorreram positividade em 14 casos (2,82%). Os aloanticorpos que foram identificados representam um total 57,14%. Os aloanticorpos identificados foram: Anti-E (14,29%), Anti-D (21,49%), Anti-Kell (7,14%), Anti-S (7,14%) e Anti-Lea (7,14%). Dentre as neoplasias, os tumores sólidos corresponderam a 57,1% dos testes positivos (1,61% do total) e as neoplasias hematológicas 42,9% dos positivos (1,21% do total). Das neoplasias hematológicas 2 casos positivos eram portadores de síndrome mielodisplásica, 3 de mieloma múltiplo e um tinha o diagnóstico de leucemia aguda. Os demais testes foram considerados inconclusivos ou não identificados.

Conclusão

Aloimunização em pacientes oncológicos pode ocasionar dificuldades na assistência hemoterápica devendo ser evitada nessa população. A criteriosa pesquisa de anticorpos irregulares no imunoreceptor e doador, podem evitar complicações graves e devem ser padronizados protocolos e rotinas nas unidades em que ocorrem a assistência oncológica. Na unidade hospitalar do referido estudo iniciou-se há cerca de 3 anos o cuidado em oncologia e as taxas de aloimunização nesse grupo tem sido similar ao reportado em estudos realizados em outros centros. Pacientes com aloimunização devem ter bastante cuidado na prescrição de hemocomponentes, com indicação adequada, preferencialmente filtradas e fenotipadas conforme o perfil imuno-hematológico apontado em resultados de testes. Estudos nesse grupo de pacientes devem continuar a fim se verificar peculiaridades na assistência.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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