
As células de aspecto maduro, e com expressão aumentada relacionada a diferentes tipos de populações de linfocitárias, são indiferenciadas através da analise citomorfologia, porem essas células podem ser marcadas por anticorpos monoclonais ligados a fluorocromos, que por sua vez, se ligam a superfície das células, onde se encontram os receptores específicos que são indicativos de maturidade celular, e também relacionadas a diferentes populações, e a partir desta analise aliada aos aspectos clínicos e citomorfologicos, pode se determinar a presença ou não de monoclonalidade maligna, afim de complementação diagnostica relacionada Doenças Linfoproliferativas Crônicas (DLPC).
ObjetivosO objetivo foi demonstrar os perfis imunofenotípicos diagnóstico de pacientes portadores de DLPC no Rio Grande do Norte (RN); Demonstrar a aplicabilidade de painel específico para o diagnóstico de pacientes com Mieloma Múltiplo; Determinar a monoclonalidade das DLPC-B; Implementar base de dados para pesquisas clínicas.
MetodologiaAnálise retrospectiva do banco de dados do hemocentro Dalton Cunha de Pacientes (n = 500) diagnosticados com DLPC e que foram investigados pela CF. Além disso, foram reunidas outras informações dos pacientes, como idade, sexo e dados hematológicos.
ResultadosOs resultados mostraram que 86,6% dos casos eram DLPC-B e 13,4%, DLPC-T/NK. A distribuição das DLPC-B foi: 448 Leucemia Linfocítica Crônica; 17 Leucemia Prolinfocítica B; 11 Leucemia de Células Vilosas; 3 Linfoma Folicular; 3 Linfoma Esplênico com Linfócitos Vilosos; 12 Linfoma de Células do Manto; 01 Macroglobulinemia de Waldenstron; 47 Mieloma Múltiplo; 12 Leucemia de Células Plasmáticas; 09 Linfoma de Burkitt e 39 LNH- Leucemizado . A classificação DLPC de T/NK foi: 11 Leucemia de Grandes Linfócitos Granulares; 14 Leucemia Prolinfocítica T; 10 Leucemia de Células T do Adulto; 8 Síndrome de Sézary e 24 Linfoma Periférico T.
Discussão86,6%, 13,2% e 0,20% dos casos foram classificados como de origem de células B, T e NK, respectivamente, corroborando os relatos da literatura; Nas DLPC-B, observa-se predomínio de clones com de um tipo de cadeia leve de imunoglobulina (K ou L) em uma relação em geral acima de 1/10; A expressão forte de CD200, que geralmente é positiva, é importante no diagnóstico diferencial de outras DLPC-B/CD5+, particularmente no linfoma de células do manto leucemizados (LCM), onde este marcador é negativo ou fracamente expresso; Do ponto de vista prático, a imunofenotipagem também foi capaz de distinguir a LLC-B de outras DLPC-B; No presente estudo, foi constatada também a contagem elevada de leucócitos com predomínio de prolinfócitos em esfregaços de SP, trombocitopenia e anemia, na maioria dos casos, condizentes com os resultados descritos na literatura assim como o imunofenótipo;
ConclusãoOs dados demonstram que a imunofenotipagem é uma técnica confiável e segura no esclarecimento diagnóstico dos pacientes portadores de DLPC. Foi possível a detecção de monoclonalidade nas DLPC-B. O diagnóstico de mieloma múltiplo se beneficia da aplicação do painel específico.