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Vol. 42. Issue S2.
Pages 238 (November 2020)
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MORTALIDADE HOSPITALAR DO SUS POR LINFOMA NÃO-HODGKIN
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J.F. Fernandesa, B.M.S. Gomesa, P.P. Katopodisa, B.C.R. Silvaa, C.A. Martinsa, G.P. Bertholuccia, L.F.M. Moraesa, M.O. Andradea, J.A.B. Leão-Cordeirob, A.M.T.C. Silvaa
a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Goiânia, GO, Brasil
b Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
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Objetivos: Linfomas são transformações neoplásicas de células linfoides normais que residem, principalmente, em tecidos linfoides. São morfologicamente divididas em linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin (LNH). O LNH compõe um grupo heterogêneo de tumores malignos das células B e T que surgem nos linfonodos, nodais, ou em outros locais, extranodais, como placas de Peyer, baço, tonsilas e outros. O paciente com LNH deve ser avaliado conforme a anamnese e exames físicos, podendo apresentar as seguintes manifestações: linfadenopatias, febre, sudorese noturna, emagrecimento, massa mediastinal, síndrome da veia cava superior e, em casos da doença extranodal, o trato gastrointestinal é o mais acometido. Assim, este estudo tem como objetivo definir o perfil epidemiológico de mortalidade por linfoma não-Hodgkin, no Brasil. Metodologia: Estudo epidemiológico descritivo, longitudinal e observacional. Os dados foram coletados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), na plataforma do DATASUS, no período de janeiro de 2008 a maio de 2020, referentes aos óbitos no ambiente hospitalar do SUS por linfoma não-Hodgkin, considerando a cor e o sexo dos pacientes acometidos. Resultados: No período analisado, houve 15.416 óbitos hospitalares do SUS devido ao linfoma não-Hodgkin, no Brasil. O sexo masculino foi o mais acometido, com 8.923 (57,9%) mortes, enquanto o sexo feminino foi responsável por 6.493 (42,1%) óbitos. As possiblidades da variável cor da pele são: branca, preta, parda, amarela, indígena e as que não foram notificadas. A cor branca correspondeu a maior taxa de mortalidade hospitalar no SUS, com 46,3% (n = 7.138) do total; a indígena, a menor, com 0,07% (n = 11). As cores parda, preta e amarela apresentam os números de óbitos, respectivamente, de: 4.650 (30,2%), 587 (3,8%) e 179 (1,2%). Os dados em que não foram informados a cor representam 18,5% dos óbitos (n = 2.851), notificados no SIH/SUS. Discussão: A mortalidade por LNH foi mais expressiva entre indivíduos da cor branca, em ambos os sexos. Todas as outras cores seguem o mesmo padrão em relação ao sexo, exceto a indígena, que demonstrou superioridade de óbitos no sexo feminino (8 mortes de mulheres e 3 mortes de homens). Conclusão: O LNH representa um grupo heterogêneo de doenças, cujo diagnóstico, estadiamento e índice prognóstico são essenciais para melhor definição dos riscos e do plano terapêutico. A partir do estudo, foi possível observar a distribuição, entre o sexo e a cor, dos óbitos nos hospitais do SUS, devido ao LNH, durante o período avaliado. Além disso, os dados supracitados podem auxiliar no manejo dos pacientes com a patogenia, no entanto, tais dados devem ser continuamente revisados, tendo em vista que há indivíduos em que a cor não foi notificada. Portanto, torna-se imprescindível, ao observar a taxa de óbitos, a realização de novos estudos voltados para a melhoria das técnicas de diagnóstico, da classificação histopatológica e, até mesmo, para o desenvolvimento de novas drogas para o tratamento, o que permitiria melhorar a sobrevida de pacientes com LNH.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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