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Vol. 44. Issue S2.
Pages S546 (October 2022)
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PERFIL DE DOENÇAS ONCO-HEMATOLÓGICAS, TRIADAS POR HEMOGRAMA, EM PACIENTES ATENDIDOS EM UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA 24H)
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CNM Araújoa, RF Spíndolaa, SDSE Pereiraa, GA Bernardinob, MCR Oliveiraa, ISCA Mirandac, RAG Oliveirac, EP Noronhaa
a Laboratório de Análises Clínicas do Maranhão (LACMAR), São Luís, MA, Brasil
b Centro de Hemoterapia e Hematologia do Maranhão (HEMOMAR), São Luís, MA, Brasil
c Centro de Pesquisa Clínica do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (CEPEC-HUUFMA), São Luís, MA, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Objetivos

Pacientes com doenças onco-hematológicas, ainda não diagnosticadas, apresentam sintomas iniciais semelhante aos de outras doenças, como dor nas articulações, cansaço, fadiga, febre. Alterações quantitativas no hemograma e a presença de células anômalas são os principais pontos para triagem desses pacientes. Este trabalho tem por objetivo determinar o perfil das doenças onco-hematológicas, triadas por hemogramas, em pacientes atendidos em UPAs.

Material e métodos

Foram revisadas lâminas e os respectivos hemogramas de 72 pacientes atendidos em seis UPAs, no período de Janeiro/21 a Junho/22, com descrição de linfócitos anômalos, blastos e displasias na série granulocítica. A contagem diferencial de leucócitos (em 200 células) em esfregaço corado com May Grunwald-Giemsa foi realizada por dois observadores especialistas. Quando visualizados blastos, realizou-se a citoquímica peroxidase (POX).

Resultados

Os casos (n = 72) foram classificados em: Leucemias Agudas (LA)(54,2%) quando > 20% de blastos, destes, quando POX positiva, Leucemia Mieloide Aguda (LMA)(26,4%); se negativa e após confirmação por imunofenotipagem, Leucemia Linfóide Aguda (LLA)(15,3%) e Leucemia Promielocitica (LPA)(12,5%), quando presença de promielócitos anômalos; 15,3% dos pacientes foram classificados  como LMA/Síndrome Mielodisplásica (LMA/SMD),  quando <20% de blastos mieloides, displasia na série granulocítica e <1.000 monócitos/mm3; 5,6% como Leucemia mielomonocitica (LMM) quando <20% de blastos, displasia na série granulocítica e >1.000 monócitos/mm3; 11,1%  como Leucemia Mielóide Crônica (LMC) quando <20% de blastos, >25.000 leucócitos/mm3, predomínio de células granulociticas com quebra de escalonamento maturativo, basofilia e/ou eosinofilia, ausência de monocitose relativa; e 13,9% dos casos foram classificados como Neoplasias Linfoproliferativas Crônicas (NLC) quando visualizados linfócitos anômalos e >5.000 linfócitos/mm3. Houve predomínio de idosos nos casos de NLPC(70%), LMM(75%), LMA/SMD(54,5%) e LPA(55,6%). A faixa etária adulta foi mais frequente em LMA(57,9%) e LMC(87,5%). Em LLA, adolescentes foram predominantes(45,5%), apenas 1 caso da coorte era criança. As medianas das leucometrias/mm3 dos grupos foram: para as LMA não-LPA 52.910 (4.260 - 434.200), LPA 6.870(1.320-96.610), LLA 67.570(5.920- 372.900), LMA/SMD 1.988(680 – 13.850), LMC 273.600 (27.390-643.000), LMM 27.910 (9.900-98.400) e NLPC 61.380 (18.370-200.500). Plaquetas/mm3 para LMA não-LPA, 43.000 (5.000-310.000); LPA 17.000 (5.000-62.000); LLA 18.000 (12.000 - 264.000); LMA/SMD 59.000 (15.000 - 41.000), LMC 554.000 (341.000-842.000), LMM 140.000 (108.000-180.000) e NLPC 217.500 (68.000-676.000).

Discussão

Para a triagem e diagnóstico de doenças onco-hematológicas, o hemograma é o primeiro exame a ser avaliado e direciona o fluxo dos demais exames necessários como mielograma, imunofenotipagem e biologia molecular. No presente estudos os casos com < 20% de blastos identificados como LMA/SMD e LMM, podem ser LMA potenciais, entretanto faz-se necessário a avaliação de mielograma.

Conclusão

Casos de doenças onco-hematológicas em UPAs são diversos, e podem ser identificados através do hemograma, sendo as leucemias agudas os mais frequentes. Laboratórios clínicos destas unidades devem ter equipe 24h capacitada para a correta identificação desses casos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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