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Vol. 46. Issue S4.
HEMO 2024
Pages S479-S480 (October 2024)
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HEMO 2024
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O IMPACTO DA FIBROSE NA BIÓPSIA DE MEDULA ÓSSEA NO PROGNÓSTICO DE PACIENTES COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA: ESTUDO OBSERVACIONAL RETROSPECTIVO
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C Troisa, L Freitasb, J Bonfitob, E Mirandab, G Dufflesb, I Lorand-Metzeb, KBB Pagnanoa,b, G Duarteb
a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Campinas, SP, Brasil
b Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
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Vol. 46. Issue S4

HEMO 2024

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Objetivos

Avaliar o impacto prognóstico do grau de fibrose da medula óssea ao diagnóstico em pacientes com LMC tratados com imatinibe em primeira linha.

Material e métodos

Estudo retrospectivo, observacional. Foram incluídos pacientes maiores de 18 anos com diagnóstico de LMC em FC entre 2015 e 2022. Os dados clínicos e laboratoriais foram coletados dos prontuários médicos. A presença de fibrose foi avaliada na BMO do diagnóstico, sendo classificadas de 0-3, de acordo com o consenso Europeu. Também foi avaliada a presença de focos de blastos. A sobrevida global foi calculada a partir do início do imatinibe até óbito ou último seguimento.

Resultados

Foram avaliados 72/135 casos de LMC cujos laudos de BMO apresentavam dados suficientes para a classificação de fibrose; 63 casos não possuíam BMO. A mediana de idade foi 54 anos (17-83), 51,4% do sexo masculino, 25% Sokal baixo risco, 36% intermediário, 23,6% alto risco, 15% não avaliável. Fibrose estava presente em 64/72 (88, 9%). Classificação da mielofibrose (MF): ausente - 11,1% (n = 8), MF1 38,9% (n = 25), MF2 34,7% (n = 25) e MF3 15,3% (n = 11). Focos de blastos foram observados em somente um caso. Não houve correlação entre scores de Sokal, Hasford e EUTOS com a presença e o grau de fibrose (p = NS). Na população total, a sobrevida global em 60 e 89 meses foi 83% e 70% respectivamente; 82% nos casos sem fibrose e 73% nos casos com fibrose (p = 0.51). A SG no grupo com fibrose grau 1 foi 96% vs. 70% no grupo com fibrose grau 2 e 3 (p = 0.06). Não houve diferença significativa na sobrevida livre de progressão (91% grau 1 vs. 70% grau 2 e 3). Houve um total de 13 óbitos e 7 perdas de seguimento.

Discussão

Nas recomendações laboratoriais atuais da European LeukemiaNet, a biópsia de medula óssea (BMO) não foi incluida como um exame mandatório para o diagnóstico da LMC. Ao mesmo tempo, a presença de focos de blastos na BMO é um dos critérios para crise blástica e alguns estudos relatam a presença de fibrose de medula óssea como fator de pior prognóstico. No nosso estudo não houve diferença significativa entre os graus de fibrose e SG e SLP, mas observamos menores taxas de SG e SLP nos casos com fibrose graus 2 e 3. Uma das limitações foi a falta de informação suficiente nos laudos de BMO para realizar a classificação da fibrose ou a não disponibilidade da BMO ao diagnóstico, reduzindo a casuística.

Conclusão

Não houve diferença significativa de SG e SLP de acordo com os graus de fibrose encontrados ao diagnóstico em BMO de pacientes com LMC.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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