Apresentamos uma metodologia para tipagem sanguínea com leitura não observador dependente, já descrita, mas não utilizada até o momento. O presente estudo tem como objetivo criar um dispositivo baseado em nanopartículas magnéticas acopladas a anticorpos monoclonais e, posterior à separação magnética em contato com amostra específica e inespecífica, utilizar-se de um anteparo de vidro, para tipagem sanguínea ABO e RhD e combinar um conceito de leitura óptica com smartphones Android. A proposta deste sistema de tipagem envolve o uso de nanopartículas magnéticas conjugadas com anticorpos anti-A, -B e -D. O tipo de sangue pode ser identificado visualmente a partir da zona de detecção pelo smartphone Android que interpreta os dados e posteriormente reporta para o smartphone do usuário. Uma tabela de cores útil também foi projetada para a interpretação da tipagem sanguínea a olho nu. O uso de smartphones pode reduzir o erro humano na leitura e interpretação de dados, em especial em exames de urgência. As imagens da aglutinação ou da não aglutinação são adquiridas usando a câmera frontal do telefone celular e o aplicativo Colorímetro, disponibilizado pela Research Lab Tools. O modo scan do aplicativo colorímetro fornece uma medida instantânea de transmitância nas regiões dos comprimentos de onda das cores vermelho, verde e azul. O sistema idealizado procede para identificar automaticamente o tipo sanguíneo processando as imagens usando etapas que incluem redução de ruído e filtragem de alcance. O objetivo final é fornecer um sistema simples composto de um insumo para mistura à amostra (conjugado nanopartículas + anticorpo monoclonal), um sistema para separação magnética e deposição em lâmina e um smartphone Android. para permitir a detecção rápida, segura e acessível do tipo sanguíneo. Esse sistema tem foco no atendimento das extremas urgências, onde a tipagem “presuntiva”pode ser feita pela equipe que atende a urgência e apontam no pedido de transfusão o provável grupo sanguíneo, auxiliando desta forma no gerenciamento de estoques de sangue, em especial RhD negativo, liberados nestes casos. No presente estudo foram utilizados anticorpos monoclonais anti-B home made . Foram testadas 3 amostras em duplicata dos grupos sanguíneos tipo B específico e tipo O inespecífico, com resultados promissores. Em conclusão, a digitação ABO e RhD com dispositivos baseados na leitura do smartphone, em lâmina de vidro usando uma interpretação de smartphone pode fornecer mais vantagens para usuários de serviços de urgência/emergência com agilidade na preparação de amostras e do resultado em si.