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Vol. 42. Issue S2.
Pages 168 (November 2020)
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MICRORNA-3151 COMO BIOMARCADOR E ALVO TERAPÊUTICO NA LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA
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F.L.O. Limaa, M.V.C.M. Silvab
a Faculdade Nobre de Feira de Santana (FAN), Feira de Santana, BA, Brasil
b Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana (UNEF), Feira de Santana, BA, Brasil
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Introdução: Caracterizam-se como microRNAs (miRNAs), moléculas endógenas, constituídas por simplórias cadeias de RNA, possuindo aproximadamente 22 nucleotídeos de comprimento. Os miRNAs não possuem a capacidade de codificação, em contrapartida, atuam sob a regulação da expressão gênica, coordenando cerca de 60% dos genes em humanos. A partir da década de 90, com os avanços da ciência, foram observadas pequenas moléculas superexpressas em uma variedade de processos no organismo humano, em especial, na indução da carcinogênese. Os miRNAs oncogênicos (oncomiRs), demonstram atividade no desenvolvimento tumoral. Sua mensuração elevada, foi correlacionada com a potencialidade da doença e um mal prognóstico, sendo designado como um promissor biomarcador de enfermidades e alvo para terapias. A Leucemia Mieloide Aguda (LMA) é o tipo de câncer com maior taxa de incidência entre adultos, resultante de distúrbio clonal relacionado a anormalidades a nível citogenético, alterações epigenéticas e/ou mutações adquiridas, o que acarreta no aprisionamento de blastos na medula óssea e o consequente acúmulo na corrente sanguínea. A LMA abrange a linhagem monocítica e a granulocítica, envolvendo oito subtipos (M0 a M7), onde os subtipos M1 ao M5 são apontados como responsáveis por 85% dos casos com prognósticos razoáveis e os subtipos M0, M6 e M7 de prognóstico reservado. Objetivo: Analisar a eficácia da mensuração do microRNA-3151 como biomarcador da Leucemia Mieloide Aguda, bem como, elucidar sua possível utilização como alvo de terapias. Material e métodos: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, mediante análise de conteúdos indexados nas bases de dados Pubmed e SciELO, pertencentes aos idiomas português, inglês e espanhol, publicados entre os anos de 2015 a 2020. Para a busca, foram utilizados os descritores: microRNAs; Leucemia Mieloide Aguda; Diagnóstico Molecular. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, totalizaram-se 36 artigos. Resultados e discussão: Estudos de pacientes acometidos pela LMA, tem demonstrado uma superexpressão do miRNA-3151, o que ainda, tem associado essa elevação a ausência da resposta ao tratamento e uma remissão incompleta, sendo sugestivo para um mal prognóstico e diminuição da sobrevida, indicando de maneira precisa, sua utilidade, frente ao diagnóstico e acompanhamento da evolução do paciente acometido. Baseando-se em investigações que exprimem a ascensão de miRNAs e o seu vínculo com a agressividade dos cânceres, há a comprovação de uma melhor contenção da doença e melhorias no prognóstico do paciente, ao se inferir na transcendência desses miRNAs, o que em relação a LMA, requer mais estudos. Conclusão: Em suma, mediante dados expressos pelas pesquisas, há uma forte possibilidade de dosagem dos miRNAs, e o uso do miRNA-3151 como biomarcador da LMA, visto que estes, podem ser encontrados na corrente sanguínea (c-miRNA) e contidos em fluídos corpóreos, como plasma, urina e saliva, o que mediante maiores estudos, poderá ser instruído em testes rápidos, uma vez que, se mostram estáveis e resistentes a ação de ribonucleases. Por não possuir um alvo específico, o tratamento atual da LMA, pode debilitar o paciente e diminuir sua expectativa de vida, deste modo, o direcionamento de terapias de inferência ao miRNA-3151, pode ser uma opção válida, visto que, dosagens em nível basal ou reduzidas são observadas em pessoas sadias e sua elevação, atribuída aos quadros ativos e remissão da LMA.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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